A verdade sobre a identidade de Lúcifer

A verdade sobre a identidade de Lúcifer

Lúcifer - A verdade sobre a identidade de Lúcifer
“Como caíste do céu, ó estrela da manhã (traduzido às vezes como Lúcifer),
filha da alva! como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! “
(Isaías 14:12).
A Terrível Realidade do Mal
Muitas vezes é difícil para as pessoas enfrentar a questão do mal. A sua
existência é um fato gritante, feio e inegável. No entanto, a maioria de nós
naturalmente evita aquilo que nos apresenta problemas embaraçosos, para
além da nossa capacidade de resolvê-los.
O mal tem estado presente desde o início da história. A luta incansável
entre as “forças do bem e do mal” – independentemente de como o termo
possa ser compreendido - continua hoje com força crescente! A violência da
sociedade de hoje, a taxa de criminalidade crescente, a história constante
de derramamento de sangue, são evidências desse fato.
Mas a questão ainda permanece sem resposta: Qual é a verdadeira fonte
do mal? Existe alguma força externa sobre as quais não temos controlo,
exercendo uma influência negativa sobre nós? Existe um “diabo”
sobrenatural, como tem sido a base da doutrina da Igreja durante séculos?
Se isto é assim, como é que nós mesmos temos consciência de fazer algo
errado, ou nos sentimos desconfortáveis quando somos culpados de algo -
sendo este o caso, mesmo com crianças pequenas?
Mais importante ainda: quem ou o que nos faz fazer o que é errado? Ou
somos totalmente culpados pelos nossos próprios erros?
A história da luta do Bem e do mal desde os primeiros tempos - quase todas
as culturas têm mantido algum tipo de crença numa luta eterna entre as
forças do bem e do mal. Um mundo pagão concebeu filosofias de seres
sobrenaturais que envolvia demónios e diabos com poderes assustadores e
exerciam uma influência terrível sobre a humanidade. Como sempre havia
um Deus principal do “bem” que se acreditava estar num lugar de felicidade
algures nas regiões superiores da atmosfera, e por isso havia a necessidade
de um deus sombrio chefe do “submundo”, para proteger os espíritos dos
mortos nas sombras escuras de uma área misteriosa e profunda abaixo da
superfície da Terra.
Inventividade Humana
A partir destas antigas superstições a mente inventiva do homem fabricou a
fantasiosa noção da igreja de um monstro super-humano, chamado Diabo, a
personificação absoluta de toda forma de mal e iniquidade; um poder a ter
em conta, uma criatura quase tão poderosa quanto o próprio Deus.
Desta forma, o Cristianismo ortodoxo sobrepôs as crenças e superstições
pagãs dos povos civilizados e bárbaros sobre os ensinamentos da Bíblia
para ganhar o controlo sobre eles, e encontrou um bode expiatório para a
maldade, alguém que foi o originador e instigador de tudo o que é mau e
ímpio. Alguém em quem o homem poderia jogar a sua própria
responsabilidade de fazer o que é errado e culpando-o: “Ele fez-me fazer
isso!”
Esta invenção deu origem à introdução de novos erros no ensinamento da
Igreja, pois o Diabo e os seus supostos “anjos maus” deviam ter as suas
vítimas! Uma vez que os cadáveres não desaparecem misteriosamente, mas
corrompiam-se, então obviamente o Diabo tinha que com as suas garras
apanhar a “almas” dos mortos que, sendo maus, não são aceitas no céu. Por
isso, foi fundamentado que o homem deve possuir “alma imortal” - um
ensinamento que não se encontrada de todo na Bíblia! Já que as almas
ímpias não podem ir para o céu, elas são enviados na direção oposta - para
um lugar chamado inferno, debaixo da terra!
Naturalmente, estes argumentos entram em colapso quando se percebe
que o homem não possui uma alma imortal. Examine as Escrituras do início
ao fim, e você nunca irá encontrar a expressão “alma imortal.” Estas duas
palavras nunca ocorrem juntas - nem no mesmo versículo - em toda a
Bíblia!
O início da vida e o verdadeiro significado de “Alma”
A Bíblia fala claramente sobre a origem do homem e da sua alma. “Formou
o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego
de vida, e o homem passou a ser alma vivente.” (Génesis 2:7). Esta
declaração é simples, e fácil de entender. Os elementos utilizados para a
formação e criação do primeiro corpo humano foram retirados da terra.
Aqueles que duvidam disso rejeitam as próprias palavras do próprio Jesus
Cristo pois ele claramente aprovou este relato da criação do homem: “desde
o princípio, os fez homem e mulher” (Mateus 19:4). Se Jesus Cristo, o Filho
de Deus, não sabia o que era verdade sobre a origem do homem, quem o
saberia? Ou acreditamos no apoio de Cristo no relato de Génesis, ou
rejeitamos todo o ensinamento da Bíblia. Não há meio-termo.
Tendo feito o primeiro homem, Deus, então, “ lhe soprou nas narinas o
fôlego de vida.” A Bíblia não diz que Deus soprou em suas narinas o “fôlego
de vida eterna” - ou “vida sem fim.” Simplesmente, “o fôlego da vida”
A criatura a ser conhecida como “homem” estava agora viva: “e o homem
passou a ser alma vivente.” Mais uma vez, note a simplicidade e
objetividade do texto. A palavra traduzida por “vida” é de uma palavra
hebraica, chay, de chaya, que significa “vida” ou “vivo”. Olhe atentamente
para a forma em que esta palavra é usada em Génesis 1:20, 21, 24, 28, 30.
Note, também, a sua aplicação a todos os animais da criação, em Génesis
2:19.
A palavra “alma” parece ter um significado enigmático para muitos, como
se isso implicasse em si mesmo que o homem é imortal. Não é assim.
Traduzida a partir da palavra hebraica nephesh, significa simplesmente
“uma criatura viva, que respira, uma pessoa; um animal.” A palavra nunca é
usada na Bíblia em relação à imortalidade.
Verdadeiro significado da palavra “alma”
A Bíblia aplica a palavra nephesh de várias formas, mostrando
absolutamente que a palavra enfatiza a mortalidade da humanidade e toda
a vida animal. Por exemplo, aprendemos que:
- uma “alma” nasce: (Génesis 46:18, RC);
- uma “alma” pode comer: (Êxodo 12:15, RC);
- uma “alma” pode ser comprada: (Levítico 22:11);
- uma “alma” pode ser livrada da morte: (Salmo 56:13);
- uma “alma” pode morrer: (Josué 11:11, RC);
- até mesmo uma alma sem pecado, morreu: (Isaías 53:12, RC).
A palavra nephesh palavra ocorre 754 vezes no Antigo Testamento. Em 326
lugares a “alma” é dito estar sujeita à morte, em 203 lugares é dito estar
em perigo de morte, e em 123 lugares é dito ser livrada da morte, o que
implica a sua sujeição à morte.
No Novo Testamento a palavra grega equivalente é psyche, que ocorre 106
vezes. Em 45 lugares é dito estar sujeita à morte, em 29 lugares é dito estar
em perigo de morte, e em 16 lugares é dito ser livrada da morte. A “alma”,
nunca é descrita como sendo imortal. Nem pode ser aplicada para
representar algo dentro de humanidade que continua a viver, após a morte.
Não há, então, almas imortais para flutuarem para longe, seja para cima ou
para baixo para o céu ou para o inferno. Pelo contrário, a Bíblia claramente
ensina que o homem é totalmente mortal, e que no momento da morte ele
deixa completamente de existir.
Depois de Adão e Eva terem quebrado o mandamento de Deus, Deus
pronunciou a sentença de morte sobre eles: “No suor do rosto comerás o
teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e
ao pó tornarás.” Deus não fez menção a uma” alma”sendo separada do
corpo com a cessação da vida. Em vez disso Ele disse: “Eis que o homem se
tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal; assim, que não
estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva
eternamente. O SENHOR Deus, por isso, o lançou fora do jardim do Éden”
(Génesis 3:22-24).
Na Morte, o Homem Deixa de Existir
O relato da criação mostra que o homem foi criado uma criatura vivente.
Nada mais do que isso é explícito ou implícito.
Há também evidências abundantes, estabelecidas em termos claros e de
fácil compreensão, o que confirma que, no momento da morte, a vida
humana deixa de existir. Depois de “o fôlego da vida” deixar o corpo,
nenhuma outra “vida” permanece. A Palavra de Deus declara:
- “Na morte, não há recordação de ti [Deus]; no sepulcro, quem te dará
louvor?” (Salmo 6:5).
- “Não confieis em príncipes, nem nos filhos dos homens, em quem não
há salvação. Sai-lhes o espírito, e eles tornam ao pó; nesse mesmo dia,
perecem todos os seus desígnios. “ (Salmo 146:3-4).
- “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem
coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua
memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram;
para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do
sol... Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças,
porque no além, para onde tu vais, não há obra, nem projetos, nem
conhecimento, nem sabedoria alguma”(Eclesiastes 9:5,6,10).
- “A sepultura não te pode louvar, nem a morte glorificar-te; não esperam
em tua fidelidade os que descem à cova” (Isaías 38:18).
- “Ali [na sepultura], os maus cessam de perturbar, e, ali, repousam os
cansados.” (Jó 3:17).
- “David… morreu e foi sepultado, e o seu túmulo [ou seja a evidência de
como está morto] permanece entre nós até hoje.... Tendo David servido à
sua própria geração, conforme o desígnio de deus, adormeceu, foi para
junto de seus pais e viu corrupção.” (Atos 2:29; 13:36).
”Lázaro adormeceu... Lázaro morreu...” (João 11:11,14).
Céu, Inferno, ou a Sepultura?
Tendo em vista a evidência bíblica precedente, vê-se que as crenças comuns
sobre a origem do mal e a recompensa dos justos são claramente erradas.
Muitos dos erros teológicos giram em torno da falácia da imortalidade da
alma. Este ensinamento exige que as “almas” têm que ir para “algum
lugar” no momento da morte. Alega-se que os justos (ou pessoas “boas”),
vão para o céu. Isso significa que alguém “lá em cima” deve estar
encarregado disso. É muitas vezes retratada a imagem de “almas” subindo
a grandes alturas para se encontrarem com “São Pedro”, que fica de guarda
nos “Portões Celestiais”, com as chaves na mão, para determinar se é
concedida a entrada ou não. Se a decisão for negativa e a entrada é
negada, a “alma” tem de voltar a embarcar em sua jornada, desta vez uma
curva descendente, onde deve se encolher-se diante da presença maléfica
do “Diabo”. Lá, no fundo da terra (assim nos é dito) é incrivelmente quente,
de modo que uma “alma” recém-chegada é saudada por gritos aterradores
e gritos de gelar o sangue das “almas” que estão na interminável tortura e
tormento por toda a eternidade. Demónios repugnantes saltam em volta
entre as sulfurosas, chamas rugindo, brandindo tridentes e vexando as
“almas ”que estão assando com crueldades infinitas.
Uma Paródia da Verdade
O conceito de um “monstro” sobrenatural fazendo com que a humanidade
cometa pecado não é meramente biblicamente errado. Isso causa duas
violações graves contra a verdade divina e todo o tipo de lógica.
Em primeiro lugar, tal doutrina desonra Deus; pois argumenta que,
enquanto Deus faz tudo o possível para levar a humanidade pelos caminhos
da bondade e justiça, um de Seus próprios anjos pode impunemente e
abertamente se rebelar contra a omnipotência de um Deus santo e justo,
triunfantemente sujeitando homens e mulheres a toda forma de maldade e
impiedade que ele possa conceber.
Em segundo lugar, se uma criatura do mal existe - com um poder tão
grande, ou maior, do que o de Deus – removeria toda a responsabilidade da
humanidade pelos pecados e o mal que eles cometem; pois eles poderiam
muito bem culpar a influência perversa do “Diabo” por suas más ações,
enquanto eles permaneciam irrepreensíveis. Porque as prisões, então, estão
cheias de pessoas, enquanto o verdadeiro “criminoso”, o Diabo, anda livre?
Um Deus sábio e amoroso, cujo único desejo para a humanidade é que os
homens e as mulheres podem alcançar a salvação eterna, permitiria que a
raça humana fosse dominada por um “anjo caído” pervertido e totalmente
depravado?
A própria sugestão é irracional! Tal estado de coisas terríveis só poderia
existir no mundo se Deus fosse impotente para destruir esta criatura do mal
- o que certamente deve ser o caso, se tal criatura existe, tendo em vista o
estado terrivelmente degenerado e moralmente corrupto do mundo de hoje!
É difícil conceber que tais conceitos especiosos de “vida após a morte”
possam ser ensinados como parte da religião cristã. No entanto, toda a
teologia absurda descrita no parágrafo acima é baseada na doutrina da
imortalidade da alma. Uma vez estabelecido a partir das páginas da Bíblia,
que o homem é totalmente mortal, que toda a existência cessa com a
morte, e que “a imortalidade da alma” é uma doutrina falsa originária da
invenção da imaginação filosófica do homem, o nosso pensamento sobre
estes assuntos passa por uma mudança notável. Não existem almas
imortais.
Portanto, ninguém vai para o céu ou para o inferno quando morte. E não há
um “Diabo” sobrenatural.
Quem, então, é Lúcifer?
Muitos dicionários, um pouco carentes em áreas de conhecimento Bíblico,
alegam que “Lúcifer é um nome do diabo” Esta é a opinião popular, e é
amplamente aceite.
Talvez parte do mito e do misticismo em torno da palavra Lúcifer vem do
fato de que o seu significado latino é “aquele que brilha” - similar ao
significado da palavra hebraica da qual foi tomado. Gesenius, um estudioso
notável de hebraico, afirma que a palavra original em hebraico significa
“estrela brilhante” ou “estrela da manhã.” O nome “Lúcifer” ocorria em
traduções antigas da Bíblia, mas é geralmente omitida nas versões
modernas das Escrituras.
Por exemplo na tradução de Figueiredo, essa palavra só é encontrada na
profecia de Isaías: “Como caíste do céu, ó Lúcifer, tu que ao ponto do
dia, parecias tão brilhante?” (Isaías 14:12). Outras, traduções mais
corretas, desta expressão hebraica, podem ser observadas. A versão
Almeida Revista e Atualizada: “Como caíste do céu, ó estrela da manhã,
filho da alva!” A NVI tem: “Como você caiu dos céus, ó estrela da manhã,
filho da alvorada!”. A Bíblia para Todos : “Como pudeste cair do céu, astro
brilhante da manhã!” (Isaías 14:12).
A palavra hebraica para “Lúcifer” é heylel, derivada de uma palavra da raiz,
halal, que significa “ser claro” e, portanto, brilhante.” A palavra é
particularmente identificada com corpos celestes.
Mas quem foi a “estrela brilhante”, que “caiu” do “céu”, como mencionado
em Isaías 14:12? É sempre imprudente tomar um versículo ou dois da
Escritura fora do contexto, e por isso é importante ler os versículos de fundo
deste capítulo. Mesmo uma leitura superficial de Isaías 14, fará com que a
identidade do indivíduo seja bastante clara. Belsazar que viveu cerca de 600
a.C. era rei de Babilónia, no momento em que esta profecia foi proferida.
Então é ordenado a Isaías: “Proferirás este motejo contra o rei da Babilónia
e dirás: como cessou o opressor! Como acabou a tirania!” (Isaías 14:4).
O capítulo não tem nada a ver com as circunstâncias da criação da Terra,
nem com o que aconteceu no Jardim do Éden. Diretamente até ao final
desta secção profética, o poder da Babilónia continua a ser o ponto central
da profecia. “Levantar-me-ei contra eles, diz o SENHOR dos exércitos;
exterminarei de Babilónia o nome e os sobreviventes, os descendentes e a
posteridade, diz o SENHOR.” (Isaías 14:22-23).
Simbologia Bíblica e o Cumprimento de Profecias
O capítulo em que Isaías menciona “Lúcifer” é uma continuação das
profecias registadas no capítulo anterior, que começa com as palavras:
“Sentença que, numa visão, recebeu Isaías, filho de Amoz, contra a
Babilónia….” O profeta continua: “As estrelas e constelações dos céus não
darão a sua luz; o sol, logo ao nascer, se escurecerá, e a lua não fará
resplandecer a sua luz” (note os termos celestiais que são marcadamente
semelhantes à linguagem do capítulo 14: 12-13, onde se afirma que, em seu
orgulho e vanglória extravagante, o rei de Babilónia determinara “subir ao
céu” e “exaltar seu trono acima das estrelas de Deus”). Assim: “Babilónia, a
joia dos reinos, glória e orgulho dos caldeus, será como Sodoma e Gomorra”
(Isaías 13:10, 19). Portanto, o “Lúcifer” de Isaías capítulo 14 não é outro
senão o rei da Babilónia.
Alguns podem se perguntar qual o uso de linguagem celestial para
descrever reinos terrenos, na sua elevação e queda. Isto não é incomum nas
Escrituras. Isaías fornece uma explicação mais aprofundada desta
simbologia nas palavras de abertura da sua profecia: “Ouvi, ó céus, e dá
ouvidos, ó terra,” (Isaías 1:2). Não se pode imaginar o profeta erguendo a
voz para as nuvens, abordando-as como se fossem capazes de ouvir e
responder, nem é razoável imaginá-lo curvado sobre um torrão de terra e
falando de forma semelhante, na esperança de ser ouvido pelo solo. Ele
explica: “Ouvi a palavra do SENHOR, vós... Dai ouvidos à lei do nosso Deus,
ó povo “Ouvi a palavra do SENHOR, vós, príncipes… prestai ouvidos à lei do
nosso deus, vós…povo” (v. 10).
Na simbologia bíblica, o “céu” (e corpos celestes como o sol, a lua e as
estrelas) representam poderes dominantes, e a “terra” representa a
sociedade de um reino (Deuteronómio 32:1; Levítico 26:19; Isaías 49:13;
Isaías 51:6, Jeremias 2:12, 2 Pedro 3:13). Em cumprimento destas profecias
- que eram bastante notáveis, considerando que a Babilónia era, naquela
época, o reino mais poderoso da terra - os medos e persas invadiram e
conquistaram o Império Babilónico, tomando o controlo da grande cidade
durante a noite.
Assim, o rei que se achava todo-poderoso e capaz de “subir” para as
maiores alturas dos “céus” políticos, foi trazido para baixo “de volta à terra”
através da intervenção divina nos assuntos dos homens. E não somente
isso, mas o profeta acrescentou: “O além, desde o profundo, se turba por ti,
para te sair ao encontro na tua chegada” (Isaías 14:9). Esta afirmação pode
reacender as fantasias de fogo eterno e os gritos intermináveis dos ímpios,
assando por toda a eternidade. Mas não se deixe enganar; deixe a Bíblia
falar por si mesma, como vamos fazer agora:
O que é o Inferno, e Onde fica?
Estabelecemos a partir do ensino bíblico que os humanos não possuem uma
alma imortal, e que na morte a humanidade deixa completamente de
existir. Portanto, não existem “almas” quer para irem para o céu acima, ou
para serem arrastadas gritando para o fogo eterno do inferno. O que, dizer
então, deste “inferno” que fica “por baixo?”
No Antigo Testamento, como visto neste versículo de Isaías, a palavra
“além” foi traduzida a partir do hebraico sheol, que significa “cobrir” ou se
aplica a qualquer lugar coberto”. Embora a Ferreira de Almeida Revista e
Atualizada traduza a palavra como “Além” 11 vezes e “inferno” 9 vezes,
traduz a mesma palavra hebraica como “Sepultura” 18 vezes, como
“Sepulcro” 5 vezes, e como “Cova” 4 vezes. Algumas versões não traduzem
a palavras mas somente a transliteram como xeol ou sheol, deixando-a na
sua forma hebraica. A Nova Versão Internacional às vezes não traduz a
palavra colocando Sheol e outras vezes traduz mas coloca uma nota de
rodapé indicando “Hebraico: Sheol”.
A palavra significa simplesmente “um local coberto”.
Se o “inferno” é definido como o lugar de tormento eterno para as “almas”
ímpias cria problemas insuperáveis, não apenas por razões já apresentadas
neste artigo, mas porque “inferno” é o lugar para que ambos os ímpios e os
justos são enviados. Por exemplo, Jacó, um dos grandes patriarcas, foi para
lá (Génesis 37:35), foi também o lugar de descanso final dos sacerdotes
rebeldes de Israel: Corá, Datã e Abirão e seus companheiros ímpios
(Números 16:30).
O Salmo 16:10 profetiza que o Filho de Deus, Jesus Cristo estaria no
“inferno”: “Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o
teu santo veja corrupção” (RC). Pedro cita este versículo em Atos 2:31,
usando o verbo no passado, após a ressurreição de Cristo dentre os mortos:
“a sua alma não foi deixada no Hades, nem a sua carne viu a corrupção”
(RC), acrescentando: “A este Jesus deus ressuscitou, do que todos nós
somos testemunhas” (Atos 2:31-32). Paulo mais tarde usou o Salmo para
provar o mesmo ponto - que Cristo morreu, foi colocado no túmulo, e depois
ressuscitou dentre os mortos pelo poder de seu Pai (Atos 13:35).
Outra passagem do Antigo Testamento que usa a palavra sheol, é citada no
Novo Testamento para provar que os fiéis servos de Deus serão
ressuscitados da sepultura para receber o dom da natureza divina (compare
com Oseias 13:14 com 1 Coríntios 15:55). Essa passagem fornece a prova
de Paulo de que o próprio Jesus Cristo tinha ressuscitado dos mortos – e não
que ele tenha sido entregue às chamas furiosas dum “inferno”, para ser
injustificadamente maltratado pelo “Diabo”, O inferno então, não é um
lugar de tormento eterno. Tal conceito está baseado na mitologia, e não no
ensino da Bíblia. Na terminologia bíblica o inferno é simplesmente a
“sepultura”; um “lugar coberto”, onde são colocados os corpos humanos
após a morte. No caso dos servos verdadeiros e fiéis de Deus, é apenas o
seu lugar de descanso até à hora do retorno de Cristo, quando serão
levantados para aparecerem diante dele.
O Diabo e Satanás
Muitos estão convencidos de que um monstro sobrenatural do mal existe,
simplesmente porque as palavras “diabo” e “satanás” aparecem na Bíblia.
Como, perguntam-se eles, poderiam estas palavras alguma vez se referir a
qualquer outra pessoa senão Lúcifer? Na verdade, nenhuma dessas palavras
são nomes próprios, como já demonstramos no que se refere à palavra
traduzida “Lúcifer”.
A palavra “diabo”, não aparece em todo o Antigo Testamento.
No Novo Testamento, a palavra “diabo” foi traduzida a partir da palavra
gregas diábolos, que é citada para sugerir a existência de um monstro
sobrenatural. É derivada do prefixo dia, que significa “através”, e ballo
“lançar, atirar ou jogar”. Diabolos significa “falso acusador, caluniador”, e
pode dizer respeito a qualquer um que se oponha à verdade da Palavra de
Deus, falando caluniosamente ou falsamente contra ela. Como todas as
outras palavras traduzidas “diabo” ou “satanás”, diabolos não é um nome;
define um tipo particular de caráter ou condição, e é sempre usada
daqueles que violam ou opõem-se à vontade ou Palavra de Deus. Por
exemplo, é usado para descrever o pecado (Hebreus 2:14); autoridades
civis que perseguiam o povo de Deus (Efésios 6:11, Apocalipse 2:10),
aqueles que eram falsos acusadores (2 Timóteo 3:3); Judas Iscariotes, que
era um ser humano de carne e osso (João 6:70); mulheres que caluniavam
outras (1 Timóteo 3:11).
“Satan” é uma palavra hebraica encontrada no grego como: Satan ou
Satanás. O significado é o mesmo em ambas as línguas: “adversário” ou
“oponente”. Assim como diabolos, a palavra Satanás não é um nome, mas é
descritivo de um tipo de pessoa ou grupo de pessoas. Tem sido traduzida
como “inimigo”, “adversário”, “acusador” e “satanás”. Ela tem sido usada
de várias maneiras que indicam que não é “um outro nome para o diabo”,
como alguns sugerem. Por exemplo, é usada para Deus quando Ele se
tornou um “adversário” para Israel (1 Crónicas 21:01). Um “anjo do Senhor”
é também descrito como “satanás” (Números 22:22, 32). O Senhor Jesus
Cristo descreveu o apóstolo Pedro como “Satanás” porque ele “opôs-se” ao
Senhor, quando Cristo ia para Jerusalém e para a sua crucificação (Mateus
16:23). Comunidades religiosas que proclamam um falso evangelho
também são chamadas de “Satanás” (Apocalipse 2:9). No Antigo
Testamento na Revista e Atualizada, a palavra Satanás ocorre apenas três
vezes fora do livro de Jó.
Que dizer, então, de satanás no livro de Jó? Ele é descrito como “rodeando
passeando pela terra”, mas nunca se fala de voar pelos céus, ou descer
para um domínio de fogo debaixo da terra. Lá diz que se reuniu com os
“filhos de Deus”, mas este é um termo usado para crentes mortais, entre os
quais o próprio Jó foi contado (1 João 3:2). Além disso, não foi “Satanás” que
trouxe tanto sofrimento sobre Jó, mas o próprio Deus (Jó 2:3; 19:21; 42:11).
Não há nenhuma evidência para associar o satanás do livro de Jó com um
monstro sobre-humano. Assim, as palavras traduzidas como “diabo” e
“satanás”, entendidas de acordo com as várias palavras originais, não
representam um monstro sobrenatural que leva as pessoas ao pecado.
A Origem do Pecado
Enquanto há certamente a esperança de uma ressurreição para a vida
eterna para todos os que servem a Deus como “verdadeiros adoradores...
Em espírito e em verdade” (João 4:23-24, Atos 4:19-20, 2 Coríntios 15), a
realidade do pecado e os seus efeitos ainda devem ser enfrentados, pois ”o
salário do pecado é a morte” (Romanos 6: 23).
Portanto, a menos que encontremos os meios pelos quais podemos vencer o
pecado, anulando seu poder em nossas vidas, nos manteremos na
“congregação dos mortos” (Provérbios 21:16).
Onde, então, poderemos encontrar a fonte do pecado? A resposta a essa
pergunta nos ajudará a libertar-nos das doutrinas erróneas e especiosas que
são a marca do “cristianismo”popular, que desde que permaneçam sob sua
influência cega as pessoas para a verdadeira mensagem da Palavra de
Deus. O Senhor Jesus Cristo responde: “Porque de dentro, do coração dos
homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os
homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja,
a blasfémia, a soberba, a loucura. Ora, todos estes males vêm de dentro e
contaminam o homem” (Marcos 7:21-23).
A quem culparemos pelas coisas erradas que fazemos? Apenas de nós
mesmos. Não podemos manter ninguém mais como responsável. Por
natureza, todos nós temos uma propensão ao pecado. “É mau o desígnio
íntimo do homem desde a sua mocidade” (Génesis 8:21). A este
testemunho, o profeta Jeremias acrescenta: “Enganoso é o coração, mais do
que todas as coisas, e desesperadamente corrupto” (Jeremias 17:9). Como
aconteceu isso à raça humana? Como o pecado entrou no mundo? Nós
vamos responder a estas questões vitais depois de ter definido “pecado.”
Deus nos diz que “pecado é a transgressão da lei” (1 João 3:4), Deus
colocou diante da humanidade certos mandamentos e estatutos que Ele
exige que a raça humana obedeça. Isto é para o seu próprio benefício, bem
como para cumprirem a vontade de Deus nas suas vidas. Quando os
homens e mulheres decidem que não se importam com a vontade de Deus
ou propósito, ou repudiam a Sua Palavra, eles vivem um modo de vida que
está fora da Sua lei. Assim, eles se tornam “fora-da-lei”, porque eles vivem
“fora”da “lei” e dos caminhos de Deus. Esta situação surgiu por causa de
um incidente que ocorreu no início dos tempos.
Eva e a Serpente
De todas as criaturas da criação, somente o homem foi feito à “imagem”
[forma] e “semelhança” [capacidade mental; capacidade de moralizar] de
Deus, tornando-se moralmente e espiritualmente responsáveis perante Ele.
Era o propósito de Deus que a humanidade tivesse “domínio” sobre toda a
terra, como representantes de Deus, refletindo a Sua justiça e santidade
(Génesis 1:26). Este propósito foi interrompido temporariamente quando o
pecado entrou no mundo como resultado direto do falso ensino da serpente.
Mas é um propósito que será cumprido no futuro.
No Jardim do Éden, Adão e Eva foram submetidos a uma lei para que Deus
pudesse testar a sua fidelidade e lealdade: “De toda árvore do jardim
comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não
comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”
(Génesis 2:16-17).
Quando toda a obra da criação tinha sido concluída, Deus pronunciou tudo o
que Ele tinha feito como sendo “muito bom” (Génesis 1:31). Adão e Eva
foram colocados no belo jardim para cuidar dele.
A serpente então apareceu em cena.
Esta criatura é descrita como uma “serpente”, e nada mais. Não é
apresentado como um monstro sobrenatural na forma de uma serpente.
Nem a Bíblia ensina que o “Diabo” estava escondido em algum lugar do
jardim, usando a serpente como um instrumento para a perpetração do mal.
Sendo o que foi dito primeiro o caso, a humanidade não teria nada a temer
mais a partir deste “diabo”, porque “Deus amaldiçoou-o entre todos os
animais domésticos e entre todos os animais selváticos;” e Ele disse à
serpente: “Rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua
vida” – assim foi condenado a se tornar uma criatura abjeta da Terra
(Génesis 3:14).
Se o “Diabo” estava escondido em algum lugar do jardim e tinha solicitado a
serpente para perpetrar a primeira mentira, com certeza a serpente,
quando confrontada por Deus, teria culpado o diabo. Mas a serpente não
tinha ninguém para culpar!
Mais tarde, o apóstolo Paulo endossou o que é indicado em Génesis: “Receio
que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim
também seja corrompida a vossa... (2 Coríntios 11:3). Ele não menciona
qualquer “diabo.”
A Bíblia revela três coisas sobre a serpente. A primeira é que ele “mais
sagaz que todos os animais” (Génesis 3:1), que simplesmente significa que
ele tinha uma inteligência superior a qualquer outra criatura entre os de
ordem inferior de animais. No entanto, uma vez que não havia sido criado
com a capacidade de moralizar sobre princípios divinos, que possuía apenas
uma mente animal, ou carnal. Os pensamentos que ela poderia expressar
eram o produto de uma mente natural, ou ímpia.
Em segundo lugar, que tinha o poder da palavra, pois era capaz de
conversar com a mulher (Génesis 3:2-5). À mula de Balaão foi dado
esse mesmo poder (Números 22:28-30; 2 Pedro 2:16).
Em terceiro lugar, é evidente que a serpente anteriormente não
rastejava. Se esta serpente possuía a mesma forma de uma serpente
de hoje, não teria havido nenhum ponto em Deus sentenciar:
“Rastejarás sobre o teu ventre”.
O Pecado e a Morte - Deus Interveio
Deus tinha advertido o homem e a mulher que se eles
desobedecessem à Sua lei (Génesis 2:16-17), eles morreriam. Mas a
serpente persuadiu a mulher: “É certo que não morrereis”. Insensata
e tragicamente, a mulher atendeu ao falso ensino da serpente que
tinha apenas falado de acordo com sua mente animal e limitada, sem
qualquer compreensão do espiritual e das implicações morais do que
disse a Eva, e, portanto, ela e o seu marido pecaram contra Deus, e o
seu pecado resultou na morte que passou a toda a raça humana.
Este fato é apoiado pelos ensinamentos de Paulo: “Assim como por
um só homem [Adão] entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a
morte, assim também a morte passou a todos os homens.” (Romanos
5:12). Isto concorda com o que ele escreveu aos Coríntios: “O
aguilhão da morte é o pecado” (1 Coríntios 15:56). E aos Romanos: “O
salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23).
Assim, a morte veio sobre a raça humana como resultado do pecado –
uma sentença que foi pronunciada contra Adão e Eva no Éden, e que
passou a todos os seus descendentes. Obviamente o pecado se
origina de dentro da humanidade e não opera através da influência
de um “Diabo” externo e sobrenatural.
Esta situação teria deixado a humanidade numa condição impossível,
se Deus não tivesse intervindo. A graça e a misericórdia de Deus
tinham de ser reveladas para fornecer uma esperança de redenção
para a humanidade. Deus prometeu que viria um que seria
“descendente da mulher”, “feriria” a “cabeça” da serpente (que tinha
se tornado um símbolo para a origem e existência do pecado).
A única maneira dos efeitos do pecado serem derrotados, enquanto
que ao mesmo tempo, não colidisse com a justiça do Deus
Todo-Poderoso, era que alguém da raça condenada de Adão vencesse
o pecado como representante dos pecadores. Ele teria que viver uma
vida de perfeita obediência a Deus, para superar totalmente o poder
do pecado em si mesmo, e depois de bom grado oferecer a sua vida
como sacrifício a Deus. Com isto, ele negaria na totalidade as
propensões e inclinações da sua natureza para o mal e, na sua morte,
mostraria que toda a justiça vem somente de Deus e não da carne.
Como o prometido “descendente da mulher” era necessário que o
Senhor Jesus Cristo fosse “nascido de mulher” (Gálatas 4:4), tendo a
mesma natureza propensa ao pecado, fraca e mortal que resultou da
condenação de Deus do pecado no Jardim do Éden. “Visto, pois, que
os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também
ele [Jesus], igualmente, participou, para que, por sua morte,
destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, [o
diabolos, a natureza humana caída, com suas propensões para o mal]
… para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes
a deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo” (Hebreus
2:14,17).
Como Alcançar a Vitória Através de Cristo
Cristo conseguiu destruir “o diabo”, o efeito do pecado na carne
(Romanos 8:3), que detinha o poder da morte. Até ao triunfo do
Senhor sobre a fraqueza da sua natureza humana, a morte tinha
exercido “domínio” sobre todos (Romanos 6:9). Depois que Cristo
ressuscitou dos mortos, ele recebeu a natureza divina – a mesma
natureza que Deus possui, uma natureza que nunca pode morrer, e
na qual o Senhor Jesus nunca mais experimentaria as fraquezas da
carne (Hebreus 5:7-8). A sua morte sacrificial demonstra a maneira
pela qual podemos obter a vitória sobre “o diabo.” Porque ainda
somos mortais, criaturas que erram, pecamos através da fraqueza da
nossa natureza e necessitamos de perdão. Deus fez provisão para
esta necessidade para todos os que O adoram “em espírito (a
disposição correta) e em verdade” (de acordo com o verdadeiro
ensinamento da Palavra de Deus - (João 4:23-24)). João ensinou: “Se
confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar
os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1 João 1:9). Devido a
esta condição maravilhosa da graça divina, Pedro ensinou:
“Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus
Cristo para remissão dos vossos pecados” (Atos 2:38).
Quando se faz isso, podemos olhar para o futuro, para o cumprimento
do propósito de Deus em remodelar este mundo e torná-lo um lugar
de alegria e paz. Isto exige o retorno de Jesus Cristo para subjugar
todas as nações e uni-las num império mundial, e “para ser
glorificado nos seus santos” (Atos 1:9-11; 17:31, Daniel 2:44,
Apocalipse 11:15; 2 Tessalonicenses 1:7-10). Cristo então reinará
sobre a terra, como rei sobre o reino de Deus (Hebreus 2:5-13, Mateus
19:28, Lucas 1:31-33, Salmo 2).
A esperança de viver e reinar com Cristo e de ganhar o dom
incomensurável da natureza divina, é oferecido a todos os que
ouvirão a mensagem da Palavra de Deus, e se esforçarão para
obedecê-la. Aqueles que ganham o dom da imortalidade “reinarão”
com ele como “reis e sacerdotes” sobre a terra (Apocalipse 5:9-10).
Poderia possuir esperança mais grandiosa? Poderia haver alguma
esperança maior do que viver por toda a eternidade, manifestando a
glória do nosso Criador, no verdadeiro espírito de santidade e de
justiça? Esta esperança pode ser a nossa, pois Cristo ensinou: “Quem
crer [no verdadeiro evangelho] e for batizado será salvo” (Marcos
16:15-16).
Sumário do ensino Bíblico: O Diabo e Satanás
A palavra “Diabo” é a tradução para português da palavra grega: Diabolos
DIABOLOS significa “falso acusado”, “caluniador”, “maldizentes” etc. Foi
traduzida “maldizentes” em 1 Timóteo 3:11, “caluniadores” em 2 Timóteo
3:3 e “caluniadoras” em Tito 2:3; EM lugar algum é usada para descrever
um ser sobrenatural que tenta a humanidade. É traduzida “diabo” nas
seguintes passagens Mateus 4:1, 5, 8, 11; 13:39; 25:41. Lucas. 4:2, 3, 6, 13;
8:12; João 6:70; 8:44; 13:2; Atos 10:38; 13:10; Efésios 4:27; 6:11; 1 Timóteo
3:6,7; 2 Timóteo 2:26; Hebreus 2:14; Tiago 4:7; 1 Pedro 5:8; 1 João 3:8,10;
Judas 9; Apocalipse 2:10; 12:9, 12; 20:2,10.
DIABOLOS é usada para descrever uma pessoa (João 6:70); mulheres
maldizentes em Timóteo 3:11; caluniadores (2 Timóteo 3:3); o pecado
(Hebreus 2:14); a carne (Atos 13:10); o mundo antagonista (Efésios 4:27);
autoridades civis perseguidoras (Efésios 6:11; Apocalipse 2:10).
SATAN é a palavra hebraica, que significa “opor-se” a algo ou alguém” ou
“ser um adversário”. A palavra é traduzida “adversário”, “inimigo”, etc. e é
também transliterada como “satanás”. Aparece como “adversário(s)” ou
“inimigo” nos seguintes lugares: Números 22:22; 1 Samuel 29:4; 2 Samuel
19:22; 1 Reis. 5:4; 11:14, 23, 25; Salmos 38:20; 71:13; 109:29; “hostilizam”
no Salmo 109:4; “contrários” no Salmo 109:20); “Satanás” em 1 Crónicas
21:1; Jó 1:6,7,8,9,12;2:1,2,3,4,6,7; Zacarias 3:1; 3:2; “Acusador” em Salmo
109:6.
Com o que foi acima exposto, pode-se descobrir que o termo tem sido
usado para descrever a Deus quando revelado como um oponente de Israel
(1 Crónicas 21:10), um "anjo do Senhor" (Números 22:22, 32), homens bons
e maus (I Samuel 29:4; 2 Samuel 19:22; Salmos 38:20), um apóstolo
(Mateus 16:23; Marcos 8:33) comunidades religiosas adversas (Apocalipse
2:90), os maus pensamentos (Lucas 22:3; João 13:27, Atos 5:3), a carne
(Atos 26:18), o mundo como em oposição a Deus (1 Coríntios 5:5; 1 Timóteo
1:20), os governos (Apocalipse 12:9; Lucas 10:18).


H. P. Mansfield