Dia 23 de Agosto

Dia 23 de Agosto

Carta 08

v176. É desse contato que vem a VIDA mais rica que transcende em muito a “vida física” que se obtém exclusivamente da alimentação. Desse contato vem a direção, proteção e um Caminho Divinamente Inspirado. Você pode chamar isso de “O Caminho da Consciência Crística”.

 v177. Quando você perceber alguma profunda verdade que antes estava oculta de sua consciência, deve aceitá-la e alegrar-se, pois a Consciência Divina entrou em sua consciência humana e falou em sua mente. Dê sinceras graças, guarde esse presente e o reverencie. Nunca o dê por conquistado, ou bloqueará entradas futuras da INTELIGÊNCIA AMOROSA, e então você se perguntará por que se sente tão sozinho de novo.

 v178. As pessoas falam de serem transformadas pelo “Espírito interior”. O termo “Espírito interior” não é incorreto. Eu fiz grandes esforços para tentar livrar sua mente da velha terminologia cujo significado poderia ser inadequado para você. Ao mesmo tempo, desejo que compreenda que uma vez que assimile o que realmente quero dizer, (pois já fui tão mal interpretado no passado que não quero que isso volte a ocorrer), você não deve ficar preso pela terminologia em si.

v179. Desde que você saiba o que o “Espírito interior” realmente é – a CONSCIÊNCIA da VIDA DIVINA atuando a partir da CONSCIÊNCIA UNIVERSAL INFINITA, e que isso não tem nada a ver com os “espíritos dos falecidos” - pode usar a terminologia que tenha mais significado para você, com a condição de que seja o significado que dei nestas Cartas.

 v180. Voltemos agora à afirmação no início desta seção. Diz-se frequentemente que as pessoas podem ser “transformadas pelo poder do Espírito”. Tal transformação não é possível. Não há nada “real” em seu eu humano que possa ser transformado. Sua alma foi extraída da CONSCIÊNCIA da VIDA DIVINA e, portanto, é perfeita. Sua “personalidade” humana é efêmera e composta apenas de impulsos magnético-emocionais de “ligação – rejeição”.

v181. Assim, a Vida Divina deve gradualmente impregnar mais e mais a sua consciência para impulsioná-lo a livrar-se desses impulsos grosseiros, com o fim de revelar a Realidade espiritual. Talvez eu possa explicar melhor usando uma parábola.

v182. Uma menina de grande beleza estava oculta sob um espesso véu cinza no qual estava pintado um rosto feio. Assim, a verdade de seu ser estava guardada em segredo e poucos se aventuraram a aproximar-se dela pela sua aparência pouco atraente. Ela cresceu e se deu conta de que a causa de sua solidão e tristeza, a perda de sua liberdade de movimento e saúde, se devia aos véus. Porém ela estava tão acostumada àquela situação que acreditava não ser possível sobreviver sem eles. Entretanto, ela teve a sorte de encontrar um “mentor iluminado” de outro país, e finalmente foi convencida a descartar ao menos um véu. Depois de muito procurar pela força interior para fazer isso, implorou ao seu “mentor” que a ajudasse. Ele levantou as mãos dela e juntos tiraram o véu no qual estava pintado o rosto feio. Ela se sentiu muito melhor por ter feito aquilo. Começou a sentir uma certa alegria. Depois de um tempo, ela estava ansiosa para descartar outro véu e de novo seu “mentor” veio e a ajudou a tirá-lo. E assim continuou. Quanto mais véus retirava, mais leve se tornava e gradualmente vislumbrou a realidade da natureza que a rodeava, podendo ver as árvores com clareza, os pássaros nos galhos e escutava encantada os seus maravilhosos cantos. Ela viu a beleza nos rostos dos outros e começou a sentir o fluxo do amor em seu coração. A vida agora estava se transformando em um presente verdadeiramente Divino a ser apreciado. Diariamente agradecia ao seu “mentor” por ajudá-la a se transformar em uma pessoa tão feliz.

Finalmente chegou o tempo em que já não suportava mais o último véu que a envolvia. Ela sabia que aquele véu a estava separando da luz, beleza, harmonia e contato amoroso com outras pessoas belas. Embora não soubesse como poderia se arrumar sem ele, se retirou em silêncio junto com seu mentor e pediu que o último véu fosse removido.

Aquele foi um tempo de agonia, já que o véu parecia ser parte do seu ser. Mas ela pediu e suplicou e em um momento de brilhante Luz, o véu queimou e se desprendeu dela. A forma que restou era a sua Realidade – e ela entrou em uma perfeita liberdade interior!

Entretanto, sua Realidade individualizada agora tinha que encontrar um modo de funcionar no ambiente. Isso foi inesperadamente difícil, pois a sua percepção de Realidade ao redor e em seu interior era tão clara e transcendente, que tinha mudado radicalmente sua comunicação com os outros. Já não estava em paz em seu meio social e profissional, nem poderia permanecer como membro de sua comunidade.

As pessoas olhavam para ela e diziam “Oh, é assim que você é, não tem nenhum véu, que horror! Nós achamos você muito estranha – inclusive um pouco louca”. E deram as costas à ela.

O que você pensa que ela fez? Voltou ao tempo em que usava véus tão pesados quanto os outros? Não, ela havia encontrado tamanha paz, alegria e satisfação de suas necessidades que deixou sua comunidade e se retirou, unindo-se a outras almas que reconheceram sua verdadeira identidade e responderam a ela com amor e alegria.

Diga-me, sua personalidade, seus véus, foram transformados? Não, com a ajuda de seu “mentor” ela retirou seus próprios véus, quando foi convencida por ele (a CONSCIÊNCIA DIVINA da VIDA) de que isso era o correto a fazer. Ao remover as diferentes camadas de véus, aproximou-se mais e mais do conhecimento íntimo da Realidade – Alma que estava escondida por seus véus (sua personalidade).

Provavelmente agora você já pode compreender que a personalidade” humana é como um véu mental e emocional: às vezes um tecido manchado pelas interações em massa entre a “atração/ligação” e a “repulsão/rejeição” magnéticas. As pessoas evoluídas espiritualmente podem ver esses “véus” manchados recobrindo a pele das pessoas cuja linguagem é vulgar e os pensamentos centrados unicamente nas atividades terrenas do ego.

 v183. Por outro lado, à medida que uma pessoa deixa para trás os níveis de pensamentos e reações terrenas, a pele começa a clarear e uma luz brilha em seus olhos. Enquanto a “personalidade terrena” está desaparecendo imperceptivelmente, o corpo se torna mais “espiritualizado”. Isso é claramente visível para as pessoas que têm o dom da percepção espiritual.

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