Dia 23 de Janeiro

 

Dia 23 de Janeiro

Carta 01

v191. Minhas reações às seis semanas de experiências começaram a mudar. Meu habitual conhecimento humano, a respeito de “mim” mesmo e dos meus desejos, tomou conta do meu pensamento. “Pois bem, a coisa mais surpreendente e completamente inesperada tinha me acontecido!” – exultei! “Foi-me dado conhecimento muito além do que qualquer outro homem já recebera.”

v192. Eu estava eufórico com a constatação de que, finalmente, as minhas dúvidas e rebeldia contra o “deus” vingativo dos Judeus ortodoxos tradicionais eram justificadas.Eu estava certo, afinal! Quem algum dia teria suspeitado de que a mente humana poderia ser tão altamente criativa, que um pensamento ou desejo fortemente mantido poderia manifestar-se no reino visível?

v194. Minha fome tornou-se dolorosa. Ocorreu-me que poderia transformar pedras em pão e satisfazer minha necessidade de comida, pois me lembrava que o “Pai Poder Criativo” trabalhava por meio da minha mente e, portanto, tudo no universo estaria sujeito ao meu comando. 

v193. Percebi que Moisés teria sabido algo disso, porque ele havia feito algumas coisas estranhas quando os israelitas passaram grande necessidade. Ele se tornou um líder e mudou o destino dos israelitas que tinham sido escravizados no Egito. Eu poderia retornar agora e libertar o meu povo do rígido controle de seus Mestres.

v195. Estive a ponto de pronunciar a “palavra” que transformaria as pedras em pão, mas algo em mim interrompeu-me abruptamente. Veio-me fortemente que o “Pai Consciência Criativa” era a perfeita proteção, nutrição, satisfação das necessidades e, assim, minha fome seria saciada, se eu pedisse ao “Pai” por alívio.

v196. Compreendi que se o pequeno “eu”, meu “eu” humano, em minha necessidade, usasse o “Poder Criativo” por motivos egoístas, eu levantaria uma barreira entre mim e o “Pai Consciência Criativa” e tudo o que eu acabara de aprender poderia muito bem ser tirado de mim.

v197. Isto me assustou, e rapidamente pedi ao “Pai Poder Criativo” para conceder-me novas forças e levar-me de volta às moradias e a Nazaré. Também pedi o alívio da fome, da maneira que fosse a mais correta para mim.

v198. Imediatamente a fome diminuiu e senti uma onda de energia fluir por todo o meu corpo. Assim, eu comprovei que tudo o que eu tinha visto, ouvido e aprendido era “realidade” e não apenas imaginação decorrente do tempo em que estive no deserto, sozinho e em jejum. Essa nova energia tornou-me capaz de andar depressa pelos ásperos caminhos de saída do deserto.

v199. No caminho, encontrei um homem bem-vestido, de semblante agradável e doce. Cumprimentou-me calorosamente, expressando preocupação ao ver minha aparência rude, descuidada e desalinhada. Alegremente ele me fez sentar em uma pedra e compartilhou comigo sua excelente carne e pão. Eu me perguntava de onde ele havia vindo e por que estava em um lugar tão desolado. Em resposta ao meu questionamento ele somente sorriu e não pareceu surpreendido quando eu disse que havia estado tantos dias no deserto que tinha perdido a noção do tempo. Expliquei-lhe como havia sido iluminado sobre a verdadeira natureza do Criador do mundo e que me haviam sido ensinadas as Leis naturais da Existência. Ele apenas sorriu e acenou com a cabeça.

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