Dia 24 de Março

 

 Dia 24 de Março

Carta 03

v141. Nesse ponto, senti que havia dito tudo o que eu tinha querido dizer enquanto estava na Terra e que meu discurso aos homens havia sido cumprido. Tudo o que mais profundamente desejava era retirar-me ao silêncio e encontrar paz e conforto em meu contato com o “Pai”.

v142. Deixamos o salão e fomos andando até o Monte das Oliveiras, mas o estado de meus discípulos era de conflito interno, temor e dúvida. A maioria deles foi embora para unir-se com suas famílias e amigos que estariam celebrando sua própria Páscoa.

v143. No jardim havia uma rocha especial cujo formato lembrava uma pequena caverna. Gostava de refugiar-me do vento dentro dela. De modo que ali me sentei e orei, buscando um caminho para a grande harmonia que já havia desfrutado no passado. Sabia que quando me movesse para sintonizar-me com o “Pai Amor”, meus temores se dissolveriam e estaria num estado de paz e de total e absoluta confiança.

v144. À medida que senti o Poder do Amor entrar em mim e tomar posse de minha consciência humana, assim também a força para suportar o que viria sobre mim tomou conta do meu coração. Seria capaz de permanecer dentro do amor e dar Amor aos outros até o fim. E assim foi.

v145. Nem sequer tentarei voltar a entrar no estado do julgamento e da crucificação. Isso não tem importância. Quando finalmente morri na cruz e meu espírito retirou-se de meu corpo torturado, fui elevado dentro de uma LUZ radiante e indescritível. Fui envolvido no calor e no consolo do AMOR, tal como nunca antes tinha experimentado.

v146. Tinha uma sensação de envolvente louvor, uma poderosa certeza de ter feito um bom trabalho, de êxtase na força universal para continuar a obra e de uma alegria e encantamento que está muito além de qualquer coisa que a condição terrena possa conhecer.

v147. Entrei numa nova e maravilhosamente bela forma de viver, mas permaneci descendente em consciência para manter-me em contato com as pessoas que tinha deixado para trás. Pude mostrar-me àqueles que eram suficientemente sensíveis para ver-me. No entanto, a história de que Tomé supostamente colocou os dedos em minhas feridas é um disparate.

v148. Meus discípulos não sabiam que eu tinha combinado secretamente com José de Arimateia que, depois de minha morte, ele levasse meu corpo para o seu próprio túmulo ainda sem uso, onde então seria ungido segundo o costume, antes do pôr do Sol. Depois, quando a noite chegasse e todos em Jerusalém estivessem cumprindo o “Sabbath”, ele, ajudado por dois serviçais de confiança, a cavalo levaria o meu corpo, às escondidas durante a noite e por caminhos ocultos durante o dia, a uma montanha nos arredores de Nazaré, na Galileia.

v149. Ali, seguindo minhas instruções e ajudado por minha família, encontraria uma pequena gruta oculta que tinha me dado refúgio das tormentas e das pessoas quando eu era um jovem infeliz e rebelde, em disputa com o mundo todo.

********

Nota: Se quiser ler mais clique aqui

Se quiser baixar todas as cartas para ler no Word clique aqui

Se preferir pdf clique aqui

Se desejar comprar o livro impresso clique  aqui

 Meditação em Áudio