O diabo e seus companheiros, parte 06

PARTE 06

Mas de onde veio Belzebu?
“Então, lhe trouxeram um endemoninhado, cego e mudo; e ele o curou, passando o mudo a falar e a ver. E toda a multidão se admirava e dizia: É este, porventura, o Filho de David? Mas os fariseus, ouvindo isto, murmuravam: Este não expele demónios senão pelo poder de Belzebu, maioral dos demónios” (Mateus 12:22-24). A partir disto, é claro, os Fariseus ensinavam que havia espíritos malignos, cujo líder era Belzebu. É igualmente evidente que Jesus não acreditava nisso.
● Nosso Senhor sabia que os descendentes de Canaã e outras nações adoravam um ídolo masculino chamado Baal, e um ídolo feminino chamado Astarote – (Juízes 10:6).
● O rei pagão dos Moabitas adorava Baal – (Números 22:41), cujo nome completo era Baal-Peor (Números 25:3).
● Israel se afastou de Deus para adorar Baal – (Juízes 3:7; 08:33).
● Os filisteus, que viviam na cidade de Ecrom, adoravam o seu ídolo, Baalzebul, que significa “Príncipe Baal”. Deus renomeou o ídolo Baalzebub (o príncipe das moscas).
● Acazias, rei de Israel, em Samaria, estava doente e voltou-se para Baalzebub para que o ajudasse (2 Reis 1:1-6, 16), mas o Senhor enviou Elias a repreendê-lo por acreditar num ídolo. Os Fariseus mantinham uma doutrina corrompida de demónios na qual Jesus não acreditava. Esta é uma das razões pelas quais Jesus advertiu os seus discípulos para estarem alerta contra a doutrina dos Fariseus (Mateus 16:6-12). A crença em Belzebu (o “príncipe dos demónios”) veio de adoradores de ídolos, e não a partir da palavra de Deus. Agora a tradição da Igreja diz, “os demónios são anjos que caíram com Satanás, que é chamado de príncipe dos demónios...” (Ryrie, Um Levantamento da Doutrina Bíblica) mas é esta realmente a doutrina da Bíblia? – Quem disse isso? “Os fariseus... murmuravam: Este não expele demónios senão pelo poder de Belzebu, maioral dos demónios” (Mateus 12:24). Jesus ensinou que Belzebu é "o príncipe dos demónios"? Não, ele não ensinou isso. O que diz a Bíblia sobre Belzebu? Ela diz que Belzebu era um deus dos Filisteus, que viviam em Ecrom (2 Reis 1:1-6). Mas Jesus ensinou que há um só Deus, o Pai (Marcos 12:28-33). Ele não acredita em Belzebu, e ele não acreditava em qualquer outro tipo de “espírito mau” ou deus pagão. Jesus acreditava que as palavras do Salmo sobre Belzebu:
“Prata e ouro são os ídolos deles, obra das mãos de homens. Têm boca e não falam; têm olhos e não vêem; têm ouvidos e não ouvem; têm nariz e não cheiram. Suas mãos não apalpam; seus pés não andam; som nenhum lhes sai da garganta.” (Salmo 115:4-7). Jesus mostrou que os fariseus estavam errados no que disseram sobre os seus milagres de cura:
“Se Satanás expele a Satanás, dividido está contra si mesmo; como, pois, subsistirá o seu reino? E, se eu expulso demónios por Belzebu, por quem os expulsam vossos filhos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes. Se, porém, eu expulso demónios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós. Ou como pode alguém entrar na casa do valente e roubar-lhe os bens sem primeiro amarrá-lo? E, então, lhe saqueará a casa” (Mateus 12:26-29). Precisamos de entender que o Satanás que Jesus conhecia era diferente daquele em que os Fariseus acreditavam. Jesus possuía um excelente conhecimento das Escrituras, que são o nosso Antigo Testamento. Ele conheceria muito bem as 25 ocorrências da palavra Hebraica satan. Esta é uma palavra comum que significa adversário ou inimigo. A primeira ocorrência é utilizada desta forma em Números 22:22, “Acendeu-se a ira de Deus, porque ele se foi; e o Anjo do SENHOR pôs-se-lhe no caminho por adversário (em Hebraico, satan).”
Outras ocorrências da palavra também são usados na forma ordinária:
● 1 Samuel 29:4 - David
● 2 Samuel 19:22 - Abisai, sobrinho de David
● 1 Reis 5:4 - um inimigo
● 1 Reis 11:14 - Hadad
● 1 Reis 11:23, 25 - Rezom
● 1 Crônicas 21 : 1 - O Senhor (cf. 2 Samuel 24:1)
● Salmo 109:6 - um inimigo.
A palavra satan ocorre 14 vezes no livro de Jó, onde é sempre utilizada como uma figura da natureza humana pecaminosa, assim como o é no Novo Testamento por Jesus e os apóstolos – “Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal. Nasceram-lhe sete filhos e três filhas. Possuía sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; era também mui numeroso o pessoal ao seu serviço, de maneira que este homem era o maior de todos os do Oriente” (Jó 1 :1-3). O homem Jó era muito rico, mas ele era também um homem bom e piedoso. Ele pertencia a um grupo de pessoas que se reuniram em determinados momentos para adorar a Deus:
“Num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles” (versículo 6). Aqueles que adoram a Deus são aqui chamados filhos de Deus, como também o são em outros lugares na Escritura: “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo. Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.” (1 João 3:1-2). João diz que os crentes são agora filhos de Deus, mas, quando Jesus voltar, nós vamos ser como ele. Como Jesus diz, vamos ser como os anjos: “Pois não podem mais morrer, porque são iguais aos anjos” (Lucas 20:36). Então seremos em todos os sentidos “filhos de Deus”, como aqueles anjos que gritaram de alegria quando Deus lançou os alicerces da terra (Jó 38:7). Estes adoradores mortais, filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor (Jó 1:6). Caim, após assassinar seu irmão Abel, “retirou-se da presença do Senhor” - Génesis 4:16. Em outras palavras, ele deixou de se associar com aqueles que adoravam a Deus naquela altura – Caim não estava no céu com Deus! Nem auqles do livro de Jó – “Num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás(em Hebraico, ha-satan que significa “o inimigo”) entre eles.” - Jó 1:6. Deus não permite que qualquer inimigo ou rebelde na sua presença no céu – Salmos 5:4-5; Habacuque 1:13; Mateus 6:10. Isso estava acontecendo na terra. Quando as pessoas se reúnem para a adoração todos eles vêm com a mesma finalidade. Eles não convidam incrédulos. O inimigo era um dos servos de Deus. Por é ele chamado de “o inimigo”? Deus sabia que Jó era “íntegro e reto” (Jó 1:8); Ezequiel 14:14-20), mas "o inimigo", revelou pelas suas palavras nos versículos 9-11 que ele tinha invejas de Jó. A inveja é uma das “obras da carne”, um pecado que pode manter um homem fora do Reino de Deus (Gálatas 5:20-21). “O inimigo”, que tinha invejas de Jó não era um anjo, porque “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23), e os anjos não podem morrer (Lucas 20:35-36). “O inimigo” (Jó 1:6), era portanto, um homem mortal, uma das pessoas que adoravam Deus com Jó. Mas por que Deus fala deste homem invejoso como “o inimigo”? Ao utilizar esta figura, Deus está dirigindo a nossa atenção para o verdadeiro inimigo da humanidade – o que traz doença, dor e morte. Esse inimigo é o pecado que sai do coração dos homens – Mateus 15:18-19. Toda vez que vemos “Satanás” no livro de Jó, ele é usado dessa maneira figurativa. Ele não está se referindo a um inimigo comum, mas o grande inimigo da humanidade, que Jesus veio para destruir (Hebreus 2:14).

O Novo Testamento apresenta uma grande disputa entre Jesus e o pecado humano, que é o “Inimigo” da humanidade. É por isso que nesta parte da Bíblia Jesus e os apóstolos sempre usam "Satanás", da mesma forma figurativa, como no livro de Jó. A palavra Hebraica satan ocorre três vezes no livro de Zacarias:
“Deus me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do Anjo do SENHOR, e Satanás estava à mão direita dele, para se lhe opor. Mas o SENHOR disse a Satanás(ha-satan): O SENHOR te repreende, ó Satanás(ha-stan); sim, o SENHOR, que escolheu a Jerusalém, te repreende; não é este um tição tirado do fogo?” (Zacarias 3 :1-2). Esta não é a palavra comum, “um inimigo” (satan). É “o inimigo” (ha-satan), o que mostra que ela é usada como uma figura, assim como no livro de Jó. Parte dessa passagem é usada por Judas no versículo 9 da sua carta. Ele chama ao Satanás em Zacarias de “o diabo” – “Contudo, o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo(em Grego to diabolo que significa “o falso acusador”) e disputava a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a proferir juízo infamatório contra ele; pelo contrário, disse: O Senhor te repreenda!”. Quem é esse “Satanás” em Zacarias? Zacarias profetizou depois de alguns Judeus terem retornado da Babilónia, para reconstruir o templo em Jerusalém. Esdras escreveu sobre isso no seu livro. Os Judeus começaram a trabalhar duramente para reconstruir o templo. Mas havia outras pessoas, os Gentios, que viviam nos arredores de Jerusalém, quando os Judeus voltaram da Babilónia. Essas pessoas tinham se mudado para lá, enquanto os Judeus estavam cativos na Babilónia. Eles não queriam que os Judeus para voltassem, e eles tentaram impedir o trabalho de reconstrução. Tornaram-se em “o adversário” (ha-satan) dos Judeus. Eles falsamente acusavam os Judeus de tramar uma revolta contra o imperador da Pérsia – veja Esdras 4:7-24. O imperador acreditou neles, e mandou que os Judeus parassem a reconstrução do templo. Deus então enviou dois profetas para encorajar os Judeus a voltar ao trabalho – “Os anciãos dos judeus iam edificando e prosperando em virtude do que profetizaram os profetas Ageu e Zacarias... ” (Esdras 6:14). Os Judeus ouviram Zacarias dizer: “Deus me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do Anjo do SENHOR, e Satanás(em Hebraico, ha-satan que significa “o inimigo”)estava à mão direita dele, para se lhe opor. Mas o SENHOR disse a Satanás(ha-satan): O SENHOR te repreende, ó Satanás(ha-satan); sim, o SENHOR, que escolheu a Jerusalém, te repreende; não é este um tição tirado do fogo? (Zacarias 3 :1-2). Esta foi uma mensagem de Deus, dizendo aos Judeus que ele estava ajudando-os, para que eles pudessem terminar o trabalho de reconstrução. Na mensagem de Deus aqui, podemos ver Josué, sumo sacerdote representando todos os Judeus. Os Gentios que viviam ao redor de Jerusalém eram ha-satan, “o inimigo”. Isto não era simplesmente "um" inimigo dos Judeus. Este era “o inimigo” de Deus, contrariando o que Deus tinha ordenado que o seu povo fizesse. Esta era a natureza humana pecaminosa, reunida em homens que estavam defendendo os seus próprios interesses egoístas contra o povo de Deus – “No princípio do reinado de Assuero, escreveram uma acusação contra os habitantes de Judá e de Jerusalém... Escreveu Reum, o comandante, e Sinsai, o escrivão... Eis o teor da carta endereçada ao rei Artaxerxes: … Saiba ainda o rei que, se aquela cidade se reedificar, e os muros se restaurarem, eles não pagarão os direitos, os impostos e os pedágios e assim causarão prejuízos ao rei.” (Esdras 4: 6 – 13). Esta era uma “falsa acusação”, então quando o Antigo Testamento foi traduzido para o Grego, o Hebraico ha-satan em Zacarias 3:1-2 foi chamado diabolos (falso acusador) na tradução Grega. Diabolos era a melhor palavra que poderia ser utilizada, porque é exatamente isso que os inimigos dos Judeus estavam fazendo – acusando-os falsamente. Mas então Deus “repreendeu” ha-satan. Deus, que opera através dos seus mensageiros, os anjos (ver Daniel, capítulo 10) fez com que o imperador da Pérsia, encontrasse uma ordem dada por Ciro.

Ciro foi o primeiro imperador Persa. Ele tinha ordenado aos Judeus que reconstruíssem Jerusalém e o templo. Era a lei da Pérsia que nenhuma ordem do imperador poderia ser revertida. Agora, o imperador, movido pela mão invisível de Deus, repreendeu os inimigos dos Judeus: “Não interrompais a obra desta Casa de Deus, para que o governador dos judeus e os seus anciãos reedifiquem a Casa de Deus no seu lugar... Também por mim se decreta que todo homem que alterar este decreto, uma viga se arrancará da sua casa, e que seja ele levantado e pendurado nela; e que da sua casa se faça um monturo” (Esdras 6:7-13) – que repreensão! Ha-satan (“o inimigo”) no livro de Zacarias é a figura de Deus para as pessoas que se opunham a ele. A tradução Grega é diabolo (“falso acusador”), usado também em Judas 9. A figura da natureza humana egoísta e pecaminosa, em oposição a Deus, é retomada no Novo Testamento, nas palavras de Satanás, e diabo. “A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães. Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.” “Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo e lhe disse: Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra. Respondeu-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus.” “Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto. Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram.” Jesus “o Espírito o impeliu para o deserto, onde permaneceu quarenta dias, sendo tentado por Satanás; estava com as feras, mas os anjos o serviam.”(Marcos 1:13). Isto significa que Jesus esteve no deserto todos os quarenta dias – ele não foi para outro lugar. No entanto, em uma das tentações do Senhor Jesus é levado ao ponto mais alto do templo, em Jerusalém. Jerusalém não ficava no deserto. Mais uma vez, somos informados de que o diabo levou Jesus até a um alto monte, e mostrou-lhe todos os reinos do mundo num momento de tempo. Na verdade, não há nenhuma montanha a partir da qual todos os reinos poderiam ser vistos de uma só vez.
Jesus estava sozinho, exceto os animais selvagens, e os anjos que o protegiam deles. Isto mostra que os anjos de Deus não podem pecar ou se rebelar. Se os anjos não eram totalmente confiáveis, então Deus teria colocado o seu Filho em perigo. O Diabo, e Satanás não pode ser um anjo caído. Quando um homem está sozinho, ele pode pensar – e Jesus tinha muito o que pensar! Como ele iria usar todo o grande poder que Deus lhe tinha dado? Jejum no versículo 2 acima significa que Jesus não comeu nada nesses quarenta dias. Jesus não precisava de ninguém para lhe dizer que ele estava com fome. Se Jesus não comesse dentro em breve, ele iria morrer. Seria natural perguntar-se a si mesmo se deve usar o poder de Deus para transformar as pedras em pão. Se o fizesse, ele iria manter-se vivo para que pudesse servir a Deus. Mas Jesus não consultou somente a si mesmo. Ele perguntou o que Deus queria que ele fizesse. Ele olhou em sua memória as Escrituras, e encontrou: “Não só de pão viverá o homem, mas de tudo o que procede da boca do SENHOR viverá o homem.” (Deuteronômio 8:3). Por outras palavras, é mais importante obedecer a Deus do que comer. O poder, como Jesus disse aos discípulos mais tarde, era para “Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demónios; ” (Mateus 10:8). Jesus rejeitou o seu próprio desejo natural humano (“o diabo” e “Satanás”), e em vez disso escolheu o que Deus queria. Jesus não foi ao templo – ele esteve no deserto durante todo esse tempo. Mas é fácil de imaginar os seus pensamentos de ir lá. Jesus era o Filho de Deus – e ele sabia que João Batista tinha dito isso, e a voz de Deus declarou isso também. Mas todas as outras pessoas não sabiam disso. Levaria muito tempo para eles saberem quem era Jesus. Mas ele poderia provar isso a todos no primeiro dia – ele poderia saltar da parte mais alta do templo. As multidões de pessoas iriam vê-lo aterrar com segurança, porque os anjos o protegeriam. Então todo o povo iria saber que ele era o Filho de Deus! Mais uma vez, Jesus perguntou o que Deus queria que ele fizesse. Ele olhou em sua memória das Escrituras e encontrou, “Não tentarás o SENHOR, teu Deus” (Deuteronômio 6:16). Mais uma vez, Jesus rejeitou o seu próprio desejo natural humano (“o diabo” e “Satanás”), e escolheu o que Deus queria em vez disso. Os pensamentos de Jesus já olhavam para os reinos do mundo e a glória deles. Ele possuía o poder de tomar todos estes reinos agora. Isto atrairia qualquer ser humano, incluindo Jesus. Mas Jesus disse a esse pensamento, “Retira-te, Satanás!" Porque era o pensamento da carne (Romanos 8:5). Jesus usa a figura do Antigo Testamento para o desejo humano que se opõe à vontade de Deus. Mais tarde, Jesus disse o mesmo a Pedro, porque ele sugeriu que Jesus não devia deixar-se ser crucificado – “Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens” – Mateus 16:23. A questão é claramente exposta por Jesus quando ele estava prestes a ser levado para ser morto – “Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça
a minha vontade, e sim a tua” (Lucas 22:42). Jesus foi “tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado” (Hebreus 4:15). Nós nunca são levados em viagens por um “espírito mau” – Jesus não o foi. Somos tentados pelos pensamentos que nos ocorrem, e Jesus também. A única diferença é que – Jesus nunca pecou.

A Parábola do Joio Jesus disse uma parábola: “Outra parábola lhes propôs, dizendo: O reino dos céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo; mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou o joio* no meio do trigo e retirou-se. E, quando a erva cresceu e produziu fruto, apareceu também o joio. Então, vindo os servos do dono da casa, lhe disseram: Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem, pois, o joio? Ele, porém, lhes respondeu: Um inimigo fez isso. Mas os servos lhe perguntaram: Queres que vamos e arranquemos o joio? Não! Replicou ele, para que, ao separar o joio, não arranqueis também com ele o trigo. Deixai-os crescer juntos até à colheita, e, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ajuntai primeiro o joio, atai-o em feixes para ser queimado; mas o trigo, recolhei-o no meu celeiro” (Mateus 13:24-30). * A palavra Grega é zizania. É uma planta que se parece com o trigo, mas é só uma erva daninha sem qualquer utilidade. É muitas vezes chamada de “trigo falso”, assim como o dinheiro falso – parece real, mas não vale nada. Os discípulos pediram a Jesus que explicasse a parábola, e ele o fez nos versículos 37-43:
O homem que semeou a boa semente é Jesus.
O campo é o mundo.
A boa semente são “os filhos do Reino”.
A erva daninha são “os filhos do maligno”.
“o inimigo que o semeou é o diabo” (versículo 39). Por “diabo” entendemos, não um espírito mau, mas uma figura de egoísmo e natureza humana, em oposição a Deus. O Novo Testamneto culpa a apostasia a homens pecadores, não a um espírito maligno. A colheita é o fim deste sistema, e os ceifeiros são os anjos. Ele irão destruir os que fizeram más obras, mas os justos estarão no Reino de Deus. A obra de semear a boa semente começou com Jesus, e os apóstolos continuaram a sua obra, indo “ por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Lucas 8:15). Poderíamos ter a esperança de que todos os homem que alguma vez se tenham chamado “Cristão” eram um que “tendo ouvido de bom e reto coração, retêm a palavra” (Lucas 8:15). Mas isso não aconteceu, e Jesus e os apóstolos disseram que isso não aconteceria. Eles sabiam que
se seguiriam outros “semeadores”, que semeariam trigo falso. Israel, o povo escolhido de Deus, rejeitou o caminho de Deus. Os Gentios não fizeram melhor. Jesus disse, “Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela” (Mateus 7:13-14). Jesus imediatamente deus a razão disso no versículo 15:
“Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores”. Os lobos matam as suas presas – o ensino falso também mata aqueles que o aceitam. Note que Jesus coloca a culpa nos homens pecadores, não num espírito maligno. Paulo advertiu Timóteo que viria um tempo em que dentro da comunidade Cristã, em que os homens seriam “mais amigos dos prazeres que amigos de Deus,tendo forma de piedade, negando lhe, entretanto, o poder” (2 Timóteo 3:4-5). Haviam homens naquele tempo que estavam lançando as fundações de um Cristianismo falso: “E, do modo por que Janes e Jambres resistiram a Moisés, também estes resistem à verdade. São homens de todo corrompidos na mente, réprobos quanto à fé;” (versículo 8). Como é que estes magos Egípcios(Janes e Jambres) se opuseram a Moisés? Foi fazendo o seu melhor para imitar os verdadeiros sinais que Moisés tinha mostrado. Paulo, então, esperava que a igreja Cristã fosse tomada de maneira similar por homens que eram essencialmente pagãos no pensamento e ações. Mais uma vez notamos que a causa da apostasia são os homens, não espíritos malignos. Isto iria acontecer no início, não na igreja Cristã tardia. Paulo avisou os anciãos da igreja em Éfeso:
“Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue. Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho” (Atos 20:28-29). Isto não era uma profecia para o fim dos tempos, distante dos dias de Paulo – isso aconteceriam com alguns dos homens aos quais ele estava dando o aviso! A apostasia da igreja Cristã não foi causada por um espírito maligno. Foi causada por homens motivados pela sua natureza humana pecadora e egoísta.

Quem tentou Eva? Foi um espírito maligno.... o um “animal selvático”? “Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváticos que o SENHOR Deus tinha feito, disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? Respondeu-lhe a mulher: Do fruto das árvores do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais. Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal. Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu” (Génesis 3:1-6). O primeiro versículo foi escrito para responder à questão que surgirá a cada leitor: “Como poderia a serpente ter o poder da fala?” Esse versículo refere-se à serpente como animal selvático. A razão pela qual este animal podia falar foi que Deus o fez mais subtil* que os outros. *A palavra Hebraica é 'aruwn = astuta(geralmente no mau sentido). A mesma palavra é usada no bom sentido em Provérbios 13:16, “Todo prudente procede com conhecimento”. A serpente podia falar porque Deus a fez o mais inteligente dos animais, embora não tivesse sentido de moral, do bem e do mal que a humanidade possui. O apóstolo Paulo, guiado pelo espírito de Deus, aceitou que foi o animal, a serpente, que falou, e foi devido à sua inteligência: “enganou a Eva com a sua astúcia” – não “com a astúcia de um anjo caído” ou “astúcia de Satanás” ou “astúcia do diabo”. Paul culpou o animal, a serpente, por tentar Eva. Mas num livro amplamente aceito nas igrejas, Um Exame da Doutrina Bíblica, está escrito: “... Satanás é um ser espiritual” .... “O ataque de Satanás começou com a tentação de Génesis 3:1 ... Satanás pode aparecer como uma serpente astuta (Apocalipse 12:9) ou um dragão feroz (Apocalipse 12:3 )..." (páginas 92, 108). Eles dizem que um espírito maligno apareceu a Eva na forma de uma serpente. Eles citam a seguinte passagem: “Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos” (Apocalipse 12:7-9). Muitos acham que isto aconteceu antes de Adão ser formado. Acreditam que ser refere a uma guerra nos próprios domínios de Deus, onde um anjo chamado Satanás, com muitos outros anjos, se rebelou contra Deus. Isto não pode ser verdade, por mais de uma razão:
– Não existe qualquer lugar das Escrituras que digam que Satanás é um anjo caído. Apocalipse 12 chama-o de “grande dragão” (não anjo caído). – O Apocalipse foi escrito pelo apóstolo João. Jesus disse-lhe que o Apocalipse era “para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer” (Apocalipse 1:1). Logo é um grande erro dizer que o capítulo 12 é sobre algo que aconteceu antes de ser escrito.
– Aqueles que acreditam que Satanás é um anjo caído dizem que Apocalipse 12 descreve uma guerra literal no céu. Mas João diz que Jesus “por intermédio do seu anjo, notificou* ao seu servo João”. *A palavra Grega é semaino e significa “dar uma vaga indicação do que está para acontecer” (Léxico de W. Bauer). Veja como Jesus usou a mesma palavra quando predisse a morte de Pedro (João 21:18-19). Logo a “guerra no céu” não pode ser literal, mas é figurativa. Apocalipse 12:3 – “Viu-se, também, outro sinal no céu, e eis um dragão, grande, vermelho, com sete cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas”. “Sinal” em Grego é, semeion, uma indicação – um sinal – que leva o leitor a entender que o dragão é uma figura simbólica – e são muito numerosas nesta profecia. Existe mais de um símbolo representando Jesus neste livro – um é um leão(5:5) e outro é um cordeiro (5:6). Voltando ao capítulo 12, notamos que o “grande dragão” era uma manifestação da “antiga serpente” e era chamado “diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo”. A serpente nas escrituras tornou-se um símbolo do pecado humano (veja Génesis 3:15), onde a descendência da mulher (Jesus) esmagaria a cabeça da serpente(vencendo o pecado e seus efeitos). O pecado humano nas suas variadas manifestações – pessoais como no caso de Adão; sociais como no caso do “mundo”; e políticas como “leão que ruge” – veja 1 Pedro 5:8 – “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar”, onde Pedro se refere à perseguição dos irmãos de Cristo pelas autoridades Romanas pagãs, cuja filosofia de vida estava em completa rebelião contra a vontade revelada de Deus. Este mesmo governo Romano é também simbolizado pela besta com dez chifres na profecia de Daniel. “Falou Daniel e disse: Eu estava olhando, durante a minha visão da noite, e eis que os quatro ventos do céu agitavam o mar Grande. Quatro animais, grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar” (Daniel 7:2-3)- E ele então descreve os animais. Sobre o último diz, “Depois disto, eu continuava olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível, espantoso e sobremodo forte, o qual tinha grandes dentes de ferro; ele devorava, e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele e tinha dez chifres” (versículo 7). Uma boa referência Bíblica mostra a ligação entre Apocalipse 12:7 e Daniel 7:7. A ligação é verdadeira, pois ambas descrevem uma besta com dez chifres. O quarto animal de Daniel 7 – é o mesmo que – o Grande Dragão de Apocalipse 12 A identificação dos quatro animais simbólicos é dada a Daniel: “Estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis que se levantarão da terra....”. Ser-lhe-á de ajuda comparar a visão de Daniel com a imagem do sonho de Nabucodonosor:

A IMAGEM EM DANIEL 2 SIGNIFICADO DO SÍMBOLO OS ANIMAIS DE DANIEL 7
Cabeça Babilónia – 2:38 Leão
Braços & Peito Medos & Persas Urso
Barriga & Coxas Grécias Leopardo
Pernas Roma Animal com 10 chifres
Depois do Reino de Deus em Jerusalém ter sido derrubado, o povo de Deus em Israel foi regido sucessivamente pelos imperadores da Babilónia, Persia, Grécia. Depois, Roma, suplantou os Gregos, e tornou-se governante e perseguidor do povo de Deus, tanto Judeus como Gentios. Mas porque é chamado de “grande dragão” em Apocalipse 12? O dragão vermelho-púrpura era uma das insígnias militares da Roma imperial. “Viu-se, também, outro sinal no céu, e eis um dragão, grande, vermelho, com sete cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas” (Apocalipse 12:3). O número de cabeças e chifres são explicados mais tarde na profecia. O capítulo 17:9 diz “as sete cabeças são sete montes”. Roma é conhecida como a cidade das sete colinas: (1) Coelius (2) Viminal (3)Aventine (4) Esquiline (5) Quirinal (6) Capitoline (7) Palatine. O capítulo 17:9 acrescenta, “também são sete reis”, ou formas de governo. Durante a sua história, Roma teve sete formas de governo: (1) Regal (2) Consular (3) Ditadura (4) Decemviral (5) Tribunitial (6) Imperial (7) Gótico. Foi explicado a João no capítulo 17:12, “Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não receberam reino”. Depois da queda do império Romano, dez países Católicos surgiram na Europa. Os eventos na história mostram como esta profecia se cumpriu. A meio do século 4 depois de Cristo, houve uma guerra civil(“guerra no céu”) para decidir quem seria o próximo imperador (“para reinar sobre todas as nações” no império Romano). Constantino, um militar que favorecia os Cristãos, conquistou todos os outros derrotou ao poder(removeu-os e aos seus apoiantes dos céus políticos). Como resultado disto, a perseguição aos Cristãos pelas mãos dos pagão chegou ao fim. Sumariando, traçamos o significado de “diabo e Satanás” de Apocalipse 12:7 até à profecia de Daniel. Refere-se a um governo humano que estava ativamente contra a verdade de Deus e contra o Seu povo. A base do Reino de Deus é a vontade de Deus – “Venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu”. A base do governo da besta com dez chifres é o pensamento carnal, em oposição à vontade de Deus, e por isso é chamado e com razão “o diabo (falso acusador) e Satanás” (inimigo), porque este governo caluniou e se opôs ao povo de Deus. O quarto animal é o último animal. Irá continuar até “que o animal foi morto, e o seu corpo desfeito e entregue para ser queimado” pelo “Ancião de Dias” que é o Senhor Jesus Cristo, que retornou à terra (Daniel 7:9-11). Quem eram os “Filhos de Deus”? “Como se foram multiplicando os homens na terra, e lhes nasceram filhas, vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram para si mulheres, as que, entre todas, mais lhes agradaram. Então, disse o SENHOR: O meu Espírito não agirá para sempre no homem, pois este é carnal; e os seus dias serão cento e vinte anos. Ora, naquele tempo havia gigantes(Em Hebraico, Nefilins) na terra; e também depois, quando os filhos de Deus possuíram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos; estes foram valentes, varões de renome, na antiguidade” (Génesis 6:1-4). Para encontrar o significado de um termo usado na Bíblia, temos que ver como Deus o usa noutras partes da Bíblia:
– Jó 38:4-7 “Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra? Dize-mo, se tens entendimento. Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel?Sobre que estão fundadas as suas bases ou quem lhe assentou a pedra angular, quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus?”
– Lucas 20:34-36 “Então, lhes acrescentou Jesus: Os filhos deste mundo casam-se e dão-se em casamento; mas os que são havidos por dignos de alcançar a era vindoura e a ressurreição dentre os mortos não casam, nem se dão em casamento. Pois não podem mais morrer, porque são iguais aos anjos e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição.”
– 1 João 3:1-2 “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo. Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.”
Destas Escrituras aprendemos:
– Os anjos são chamados “filhos de Deus”
– Os crentes fieis são agora chamados “filhos de Deus”
– Se os crentes se mantiverem fieis serão ressuscitados dos mortos, e serão feitos iguais aos anjos que não podem mais morrem.
– Quando Jesus voltar os fieis serão feitos como ele.
– Os anjos de Deus não casam. Por volta do tempo de Noé, todo o mundo rejeitou o caminho de Deus, exceto Noé e a sua família – 8 pessoas. Porque eram os adoradores de Deus tão poucos nesse tempo? Porque os filhos de Deus começaram a casar com a mulheres descrentes(filhas dos homens) – veja Genesis 6:1. O apóstolo Paulo avisou os crentes para não casarem com os descrentes:
2 Córintios 6:14-18 “Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo? Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei,serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso.” Os filhos de tais casamentos mistos geralmente seguem o pai descrente. Isto foi o que aconteceu
antes do Dilúvio, até que só sobrou dos “filhos de Deus”, Noé e a sua família. Génesis 6:4 diz “Ora, naquele tempo havia gigantes na terra.” Estes homens grandes (em Hebraico, Nefilins”). Os homens grandes que os espiões Israelitas viram em Canaã também eram chamados nefilins – eles eram os “filhos de Anaque” ou “Anaquins” (Números 13:22). David e os seus homens mataram Golias e outros membros desta família de gigantes que viviam em Gate – 1 Crónicas 20:4-8). Todos os nefilins eram filhos de mães e pais mortais. Os nefilins (“gigantes” nas traduções em Português) de Génesis 6:4 tornaram-se “heróis” ou “homens poderosos(gibbor)” e “homens de renome”. A mesma palavra Hebraica gibbor é usada para descrever Ninrode (bisneto de Noé), que se tornou famoso como um poderoso caçador – (1 Crónicas 1:10). Gibbor é também usado para descrever os homens de guerra valentes cujos nomes foram relembrados por causa aos seus feitos em batalha – 1 Crónicas 11:11 “Eis a lista dos valentes de David: Jasobeão, hacmonita, o principal dos trinta, o qual, brandindo a sua lança contra trezentos, de uma vez os feriu.”
– Os gigantes ou nefilins eram homens mortais como Golias, que David matou.
– Os homens poderosos ou heróis eram homens de renome – famosos como grandes
matadores.

Os anjos de Deus não casam.
Os “filhos de Deus” que casaram com as “filhas dos homens” eram adoradores de Deus mortais. O que é um “Motejo”(RA)? Quando Israel se virou para a adoração de ídolos, Deus enviou o profeta Isaías para admoestá-los:
“Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer o mal... Mas, se recusardes e fordes rebeldes, sereis devorados à espada; porque a boca do SENHOR o disse” (Isaías 1:16-20). Israel não se arrependeu, e Isaías (39:6-7) disse ao rei Ezequias, “Eis que virão dias em que tudo quanto houver em tua casa, com o que entesouraram teus pais até ao dia de hoje, será levado para a Babilónia; não ficará coisa alguma, disse o SENHOR. Dos teus próprios filhos, que tu gerares, tomarão, para que sejam eunucos no palácio do rei da Babilónia.” Posteriormente, veio o rei de Babilónia, com um poderoso exército e derrubou o Reino de Deus em Jerusalém. Os Judeus que não foram mortos, levou-os para a Babilónia. Mas antes que isso acontecesse, Isaías profetizou que o Senhor enviaria Ciro, o Persa para derrubar a Babilónia e salvar Israel:
“Porque o SENHOR se compadecerá de Jacó, e ainda elegerá a Israel, e os porá na sua própria terra... No dia em que Deus vier a dar-te descanso do teu trabalho, das tuas angústias e da dura servidão com que te fizeram servir, então, proferirás este motejo[em Hebraico, mashal = parábola] contra o rei da Babilónia e dirás: Como cessou o opressor! Como acabou a tirania! Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações!” (Isaías 14:1-12). Nas Escrituras á tanto discuso literal como figurativo. Uma parábola é do tipo figurativo. Jesus também falou em parábolas, por exemplo, quando disse em: João 16:7-25 “Convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador(1) não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei. Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado... porque o príncipe deste mundo(2) já está julgado... Estas coisas vos tenho dito por meio de figuras; vem a hora em que não vos falarei por meio de comparações, mas vos falarei claramente a respeito do Pai.”
(1) O “Consolador” não é uma pessoa literal, mas o poder de Deus – o Espírito Santo.
(2) Também, o príncipe não é uma pessoa literal. É a força que rege a sociedade humana é a natureza humana pecadora. Isaías 14:4-20 é também uma parábola. É composta tanto de discurso literal como figurativo. Vejamos o primeiro verso:
4 “proferirás este motejo contra o rei da Babilônia” Isto seria uma cantiga que os Judeus cantaria depois dos Persas conquistarem a Babilónia
5 “Quebrou o SENHOR a vara dos perversos e o cetro dos dominadores” O governo da Babilónia é removido
6 “que feriam os povos com furor, com golpes incessantes”
O rei da Babilónia estava sempre a golpear os vizinhos 7,8 “Todos exultam de júbilo. Até os ciprestes se alegram sobre ti, e os cedros do Líbano exclamam” Árvores literais não falam – os povos nos países à volta da Babilónia estavam contentes.
9 “O além, desde o profundo, se turba por ti, para te sair ao encontro na tua chegada”
As sepulturas literais não dizem aos reis mortos para acolherem alguém que chega.
10 “Tu também, como nós, estás fraco? E és semelhante a nós?”
Homens mortos não falam – o ensino literal das Escrituras é “no além[sepultura], para onde tu vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma” (Eclesiastes 9:10).
11 “por baixo de ti, uma cama de gusanos, e os vermes são a tua coberta.” Isto é o que acontece às pessoas que são enterradas na sepultura.
12 “Como caíste do céu, ó estrela da manhã[em algumas versões mais antigas, Lúcifer], filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações!” O rei da Babilónia recebe a alcunha de “Lúcifer”. As traduções modernas da Bíblia dizem “estrela da manhã” que é o planeta Vénus. Outros impérios governaram por centenas de anos, mas a Babilónia governou só por 70 anos depois de capturar Jerusalém. A maioria das estrelas que podemos ver brilham toda a noite, mas Vénus só pode ser vista por um curto espaço de tempo antes do nascer do sol, ou depois do por do sol. Esta passagem não tem nada que ver, como alguns afirmam, que um anjo ou diabo caiu do céu. Esta falando, figuradamente, acerca do rei da Babilónia. Ele caiu dos céus políticos, ou governo das nações que tinha conquistado. Veja Jeremias 51:53.12 “tu que debilitavas as nações!” O rei da Babilónia fazia isto por levar cativas nações inteiras e removendo-as para outro lugar. 13 “Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu” O céu “figurado” em Isaías se refere ao governo de Israel. Compare Isaías 1:1 com 1:10.13 “no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; Isto é Jerusalém – veja Isaías 2:2-3 e o Salmo 48:1-214 “subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo.” Isto é uma figura da grande ambição do rei da Babilónia. O seu plano era conquistar e reger todas as nações. Veja Habacuque 2:6-7. 15 “Contudo, serás precipitado para o reino dos mortos[sepultura].”
- assim como todos os homens.
16 “É este o homem que fazia estremecer a terra e tremer os reinos?” As nações vizinhas tinham medo do exército da Babilónia.
17 “Que punha o mundo como um deserto” A Judeia ficou vazia de gente porque o rei da Babilónia os levou (Isaías 24:4-6).
17 “Que a seus cativos não deixava ir para casa?” Os Judeus não puderam voltar à sua terra enquanto os Persas não conquistaram a Babilónia. 18 a 20 “Todos os reis das nações, sim, todos eles, jazem com honra, cada um, no seu túmulo.” Os rei construíam os seus caros mausoléus mas o rei da Babilónia não tinha um túmulo memorial. 21,22 “Levantar-me-ei contra eles, diz o SENHOR dos Exércitos; exterminarei de Babilónia o nome e os sobreviventes, os descendentes e a posteridade, diz o SENHOR.”
Nenhum restante dos Babilónios ou Caldeus pode ser encontrado 23 a 27 “varrê-la-ei com a vassoura da destruição, diz o SENHOR dos Exércitos.” Babilónia ficou sem ninguém, e agora só alguns animais selvagens vivem lá. Sumariando, Isaías 14 não tem nada que ver com um imaginário “anjo caído”. É sobre um “homem”, o “rei da Babilónia” que aparecia em público com “pompa” e “ao som da harpa” (versículo 11). Quem eram “os anjos que pecaram”? No capítulo 2 da sua segunda carta, Pedro avisa os crentes acerca do julgamento de Deus sobre os falsos mestres na assembleia dos crentes:
“Ora, se Deus não poupou anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno, {inferno; no original, tártaro} os entregou a abismos de trevas, reservando-os para juízo” (2 Pedro 2:4). Pedro diz: “Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética... porque... homens {santos} falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (2 Pedro 1:19-21). Mas no capítulo 2 Pedro diz que haviam também falsos profetas em Israel – Deus não os escolhera para falarem as Suas palavras. Por causa das mentiras deles, Deus os castigou. Em Jeremias 29:21 lemos sobre dois deles: “Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel, acerca de Acabe, filho de Colaías, e de Zedequias, filho de Maaseias, que vos profetizam falsamente em meu nome: Eis que os entregarei nas mãos de Nabucodonosor, rei da Babilónia, e ele os ferirá diante dos vossos olhos.” Pedro diz que haveriam falsos mestres na igreja Cristã também, e que Deus os julgaria também. Como advertência para nós, Pedro dá três exemplos de como Deus julgou os ímpios no passado:
Versículo 4 - “Os anjos que pecaram” reservados para julgamento, Versículo 5 – O grande Dilúvio - todos morreram afogados; Versículo 6-8 – Sodoma e Gomorra – queimadas. Os “ímpios” são aqueles cujos pecados não são cobertos pelo sacrifício de Jesus Cristo. Pedro diz no versículo 9 que eles serão punidos “no dia do julgamento”. Isto acontecerá depois do retorno de Jesus (2 Timóteo 4:1), e a ressurreição de todos os que conheceram a vontade de Deus (1 Tessalonicenses 4:16; João 3:19). Judas na sua carta também está preocupado com “homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus”. Ele também dá três exemplos do que Deus fez com tais homens:
Judas 5 – Deus destruiu todos os homens que escaparam do Egito com Moisés. Judas 6 – “e a anjos, os que não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio, ele tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande Dia;” Judas 7 – A destruição de Sodoma e Gomorra com fogo. Judas então continua e diz mais sobre os falsos mestres que estavam aparecendo naquele tempo na
igreja Cristã. A palavra Grega angelos em 2 Pedro 2:4 e em Judas 6 significa “mensageiro”. A palavra Grefa ocorre 180 vezes no Novo Testamento, e se fosse traduzida literalmente, seria “mensageiro” em todos os casos. O contexto geralmente mostra se se refere a um mensageiro humano ou a um mensageiro celestial de Deus. Quando se trata de um mensageiro celestial, os tradutores escreveram “anjo”. Por isso quando lemos “anjo” na Bíblia, isto é a opinião os tradutores. Precisamos de ler cada passagem e decidir se deve ser “anjo” ou um mensageiro humano. Vejamos quatro passagens:
Em Apocalipse 1:1 João recebeu a revelação, “Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer e que ele, enviando por intermédio do seu anjo, notificou ao seu servo João”. Aqui é claramente um anjo de Deus . A mensagem é enviada para “às sete igrejas que se encontram na Ásia” (versículo 4). Apocalipse 2:1 “Ao anjo da igreja em Éfeso escreve:...” De facto, as Escrituras não são sobre as mensagens de Deus para anjos. É sobre as mensagens de Deus para a humanidade. Isto deveria ter sido traduzido “ao mensageiro da igreja em Éfeso escreve:...” Está claro pelo contexto das cartas a todas as sete igrejas, que Deus estava dando a Sua mensagem aos líderes ou anciãos dessas igrejas, e não a anjos celestiais.
2 Pedro 2:4 “Ora, se Deus não poupou anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno, {inferno; no original, tártaro} os entregou a abismos de trevas, reservando-os para juízo.” Pedro diz que estes mensageiros “pecaram”. Paulo diz que “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23) – logo estes mensageiros irão morrer. Mas Jesus ensina que os anjos não morrem (Lucas 20:36). Isto mostra que os mensageiros que pecaram não poderiam ser anjos. Eram mensageiros humanos mortais. Existe outro problema: é imaginado por alguns que “o diabo e seus anjos” são espíritos malignos. Eles afirmam que estes espíritos malignos andam livremente pelo mundo, causando tentações e problemas. Mas isso não pode ser verdade, já que Pedro diz que eles estão em “cadeias da escuridão”(RC) (eles estão em cadeias de escuridão e não podem escapar). Também, ele eram homens mortais. Voltaremos a quem eles são depois de olharmos à quarta passagem. Judas pede aos seus leitores para recordarem o que aconteceu a todos os homens que sairam do Egito com Moisés. Ele diz no versículo 5, “Quero, pois, lembrar-vos, embora já estejais cientes de tudo uma vez por todas, que o Senhor, tendo libertado um povo, tirando-o da terra do Egito, destruiu, depois, os que não creram”. O versículo seguinte começa com “e” (em Grego, te), que significa que Judas agora está dando alguns detalhes de como os Israelitas desobedientes foram destruídos. O versículo 6 é, assim, acerca de um evento que ocorreu enquanto Israel estava com Moisés depois de deixar o Egito. Judas versículo 6 “E a anjos, os que não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio, ele tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande Dia”. Houve um acontecimento na vida de Moisés que concorda com isto. Judas diz no versículo 4, “Pois
certos indivíduos se introduziram com dissimulação”, para ensinar o erro. Ele depois fala acerca deles no versículo 11 “Ai deles! Porque prosseguiram pelo caminho de Caim, e, movidos de ganância, se precipitaram no erro de Balaão, e pereceram na revolta de Corá.” Corá era da tribo de Levi, a tribo que Deus escolheu para administrar a Sua lei a Israel – “Porque os lábios do sacerdote guardarão a ciência, e da sua boca buscarão a lei, porque ele {é} o anjo[mensageiro] do Senhor dos Exércitos” (Malaquias 2:7). Corá e alguns príncipes que eram liderados por Datã e Abirão, decidiram que eles removeriam Moisés e Arão das suas posições de liderança sobre Israel – veja Números 16:9-11 – e seriam eles os líderes em vez de Moisés e Arão. Deus, que tinha escolhido Moisés e Arão, mandou fogo do céu e matou os 250 homens que apoiavam a rebelião. Então a terra se abriu debaixo de Corá, Datã e Abirão e engoliu-os a eles as suas casas. Números 16:33 “Eles e todos os que lhes pertenciam desceram vivos ao abismo; a terra
os cobriu, e pereceram do meio da congregação.” Estes homens estão guardados “sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande Dia”. Por outras palavras eles estão presos nas cadeias da morte – veja o Salmo 18:4-5, até à ressurreição e julgamento, quando Jesus voltar. Pedro diz que Deus precipitous no“inferno” (em Grego, Tartaros).

A palavra ocorre somente uma vez nas Escrituras. A palavra usual “inferno” vem da palavra Grega Hades que é a sepultura. Existe um ditado que diz que um homem morto está a “seis palmos debaixo da terra” – por outras palavras está enterrado por volta de 2 metros debaixo da terra. Mas Corá e os outros estão enterrado, muito, mas muito mais fundo na terra. Na mitologia Grega Tartaros era um lugar, profundo na terra, onde eles acreditavam que os maus eram mantidos. O Espírito de Deus evidentemente inspirou Pedro para usar estar palavra muito apropriada para descrever a morte de Corá e aqueles que o apoiavam. Nenhuma outra palavra Grega seria melhor para descrever como a terra se abriu debaixo de Corá e dos outros, fazendo-os cair fundo, bem fundo. Então a terra se fechou de novo sobre eles! Satanás caiu do céu, ou foi empurrado? Cedo na sua obra, Jesus fez um pequeno começo, e enviou doze homens escolhidos a dedo. Eles deviam ir na frente e juntar as pessoas para a quando Jesus chegasse pudessem ouvir o seu ensinamento – Marcos 6:7-13 “Chamou Jesus os doze e passou a enviá-los de dois a dois, dandolhes autoridade sobre os espíritos imundos... expeliam muitos demónios e curavam numerosos enfermos”. Mais tarde, Jesus escolheu um número maior de homens para a mesma obra: Lucas 10:1-18 “Depois disto, o Senhor designou outros setenta; e os enviou de dois em dois, para que o precedessem em cada cidade e lugar aonde ele estava para ir. Curai os enfermos que nela houver e anunciai-lhes: A vós outros está próximo o reino de Deus...” Os setenta voltaram com alegria e disseram, “Senhor, os próprios demónios se nos submetem pelo teu nome!” Jesus respondeu:
“Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago.” Nos estudos anterior vimos o suficiente para saber que Jesus não se está referindo a um anjo rebelde que foi jogado do céu abaixo.. Os anjos não podem pecar. “Lúcifer” era uma alcunha do rei da Babilónia (Isaías 14) que caiu da sua posição de grande poder, quando os Medos e Persas tomaram o seu lugar. Com o que vimos nas lições, Satanás é uma figura para a natureza humana pecadora, em oposição a Deus. Pode ajudar a entender o que Jesus estava a dizer em Lucas 10:18, quando vemos como ele usava a palavra “Satanás” noutros lugares. Depois dos líderes do Judeus contratarem Judas para traí-lo, Jesus disse a Pedro, em Lucas 22:31 “Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo!”. Em palavras diretas, a oposição humana a Jesus era organizada pelo Sinédrio, que era o concílio dos setenta anciãos sobre Israel. Esse “Satanás” queria espalhar os discípulos que Jesus ajuntara a si. Este concílio dos anciãos via Jesus como uma ameaça à posição e influência que eles tinham. Eles queriam “destruí-lo” a quem Deus enviara (Lucas 19:47; João 17:3). Menos de 40 anos mais tarde, os exércitos Romanos destruíram o estado Judaico em 70 d.C. Mas o governo Judaico não era o único “Satanás”. Pilatos, o governador Romano, foi compelido a crucificar Jesus, porque Jesus admitiu que Deus tinha o feito “rei dos Judeus” (João 18:37). Depois desse tempo, o governo Romano continuou a opor-se aos discípulos de Cristo.

Paulo escreveu aos crentes em Roma, em Romanos 16:20 “E o Deus da paz, em breve, esmagará debaixo dos vossos pés a Satanás.” Entretanto, Paulo encorajava os crente a continuarem firmes na fé, na face da oposição do governo pagão(adoradores de ídolos) de Roma. Era a oposição humana que tinha feito com que Paulo não fosse a Tessalónica visitar os crentes: 1 Tessalonicenses 2:18 “Por isso, quisemos ir até vós (pelo menos eu, Paulo, não somente uma vez, mas duas); contudo, Satanás nos barrou o caminho.” Ambas as autoridades Judaicas como os governadores Romanos não queriam que Paulo fosse lá (Atos 17:1-9). Mas certamente não foi um anjo de Deus que foi atirado do céu no livro de Apocalipse – foi o “Grande Dragão” – Apocalipse 12:7-9 “Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos.” Aqui está uma figura profética de uma guerra civil no império Romano, que aconteceu no século 2 d.C. Os pagãos foram lançados fora do poder quando Constantino tornou-se amigo da igreja Cristã corrupta. Os seus membros não ligaram à admoestação de Cristo a Pedro quando ele pegou numa espada. Eles lutaram com os soldados de Constantino e deram-lhe a vitória. O governo pagão caiu, e assim como o apoio do governo à religião pagã e seus sacerdotes, que eram os seus  mensageiros(anjos). O início desta igreja corrupta pode ser visto nas mensagens de Jesus às sete igrejas da Ásia. Apocalipse 2:12-15 “Ao anjo da igreja em Pérgamo escreve: ...Conheço o lugar em que habitas, onde está o trono de Satanás, e que conservas o meu nome… onde Satanás habita ...Tenho, todavia, contra ti algumas coisas... também tu tens os que da mesma forma sustentam a doutrina dos nicolaítas. Os Nicolaítas é uma palavra cunhada pelo Senhor, para se referir àqueles que corromperam a Verdade. O nome significa “vencedores do povo”, e refere-se ao seu esforço em desenvolver uma divisão entre os membros da igreja comuns (laicado) e um sacerdócio Cristão, chamado clero. Pelo tempo de Constantino, a igreja tornou-se na religião estatal de Roma. A Cristandade Corrupta tornou-se o novo Satanás que regia todo o território do Reino dos homens (veja Daniel capítulo 7), e continuará assim até que seja removido quando Jesus Cristo voltar – Apocalipse 20:1-3 “Então, vi descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente. Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos; lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem os milanos. Depois disto, é necessário que ele seja solto pouco tempo.”
Nenhum mortal tomará lugar no governo, ou dará instrução religiosa durante os mil anos do reino de Cristo. Ninguém será permitido “enganar” com ideias religiosas falsas ou com o moderno ensinamento humanista, e os “direitos” do homem. Mas no final dos mil anos Satanás será solto da sua prisão – Apocalipse 20:7-10 “Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá a seduzir as nações que há nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a peleja. O número dessas é como a areia do mar. Marcharam, então, pela superfície da terra e sitiaram o acampamento dos santos e a cidade querida; desceu, porém, fogo do céu e os consumiu. O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos.”

Os homens mortais serão permitidos organizarem uma rebelião contra a autoridade de Cristo, mas somente por um curo espaço de tempo. A rebelião será esmagada. A cabeça de “Satanás” será finalmente mortalmente ferida, significado que toda a oposição humana a Deus chegará a um fim.

MARCELO ALEXANDRE DO VALLE 

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